O Ministério Público Eleitoral apresentou alegações finais na representação contra o deputado federal Carlos Bezerra (MDB) e pediu a cassação do emedebista por arrecadação e gastos ilícitos de recursos nas eleições de 2018.
O documento é assinado pelo procurador regional eleitoral Erich Raphael Masson e foi encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
No documento, o procurador afirmou que Bezerra, valendo-se de sua condição de presidente estadual do MDB, montou um “gabinete paralelo” de campanha vinculado ao partido.
Conforme Masson, esse “gabinete paralelo” adquiriu materiais de publicidade, contratou pessoal, alugou e manteve veículos em favor do deputado estadual, sem prestar contas à Justiça Eleitoral.
No documento, o procurador ressalta que a campanha de Bezerra declarou à Justiça Eleitoral ter realizado R$ 142 mil de despesas de materiais gráficos.
Porém, as informações colhidas na investigação demonstram que esse gasto foi da ordem de R$ 262 mil.
“Noutras palavras, foram omitidos R$ 92.774,13 somente nessa modalidade, já descontados os materiais de outros candidatos dos respectivos documentos fiscais”.
Semelhante ao que ocorreu com os materiais gráficos, conforme Masson, com combustíveis a campanha declarou gastos da ordem de R$ 48 mil. O gasto foi no valor total de R$134 mil.