O acusado João Henrique Sales de Souza, preso na Operação Mantus, confessou seu trabalho para a empresa Ello FMC, de Frederico Muller Coutinho. Ele também delatou comparsas, como afirmou o delegado Flávio Stringueta, da Gerência de Combate do Crime Organizado (GCCO).
O acusado trabalhava em Rondonópolis e foi detido no dia 29 de março, durante a deflagração da Operação.
O policial não informou detalhes da confissão, apenas a confirmou.
“Muitas vezes quem está na ponta não sabe direito como tudo funciona. Quem ganha dinheiro são os líderes. Os outros ganham só pra sobreviver. Não dá para a pessoa trabalhar na ilegalidade, se dispor a ser preso para ganhar tão pouco. É ridículo, acho que fazia isso para não morrer de fome, porque não tinha outra coisa.
O delegado relatou que o réu acusado ganhava cerca de R$ 5 mil com a prática delituosa.
Conforme a Stringueta, os envolvidos recebem uma porcentagem sobre as vendas das aposta, percentual que não foi divulgado.
Na oportunidade o delegado ainda rebateu o advogado Matheus Lima, que acusou a polícia de não ter provas na investigação.
“Os advogados sempre buscam uma forma de desmerecer o trabalho da polícia. Mas é bom ter esse advogados no caso, que isso só torna a apuração mais robusta”, informou.