Por:G1.com
As forças de segurança de Mato Grosso e a Polícia Federal seguem em Aripuanã, a 976 km de Cuiabá, atuando na segunda fase da Operação ‘Trype’ para desocupar o garimpo ilegal na cidade.
A operação começou na segunda-feira (7) e nessa terça-feira (8) a polícia destruiu equipamentos e parte da estrutura montada pelos garimpeiros. Um garimpeiro reagiu à abordagem e foi morto.
O investimento foi alto: a estrutura montada em meio à Floresta Amazônica impressionou a polícia.
Foram encontradas 25 retroescavadeiras. As máquinas, avaliadas em R$ 600 mil, eram usadas para escavar encostas.
Grandes geradores faziam a ventilação em crateras por onde garimpeiros desciam até 60 metros de profundidade para encontrar jazidas.
Na principal entrada do garimpo, o grupo construiu uma ‘casa’ de madeira que funcionava como uma praça de pedágio. Para carros, motos e ônibus passavam, eram cobrados valores que variam entre R$ 20 a R$ 100 por dia.
Pedágio na entrada de garimpo em Aripuanã (MT) mostra placa com aviso: Wi-Fi no valor de R$ 20 por dia — Foto: Cláudio Alfonso e Sérgio Gouvea/TV Centro América
Também era oferecido Wi-Fi por R$ 20 ao dia.
Os equipamentos foram queimados pela polícia federal e os buracos foram fechados com explosivos.
A situação é tensa no município de Aripuanã. Os garimpeiros que saíram da mata ocuparam as ruas da cidade. Comerciantes baixaram as portas. A polícia só consegue abastecer as viaturas com escolta, por causa do risco de ataques.
Operação em Aripuanã: policiais explodiram estrutura montada por garimpeiros — Foto: TV Centro América/Reprodução