O ex-secretáro adjunto de Saúde, Flávio Alexandre Taques da Silva, supostamente queimou, na terça-feira (18), documentos que poderiam implicá-lo na churrasqueira de uma das casas dele, localizada num condomínio no Residencial Mariana, em Cuiabá. Imagens mostram diversos documentos na churrasqueira do apartamento.
Único dos alvos da “Operação Sangria 2” com mandado de prisão em aberto, Flávio Alexandre segue foragido até este momento. Ontem, porém, durante a operação, os policiais estiveram em um dos endereços dele em Várzea Grande para cumprir o mandado de prisão, mas foram informados pela ex-mulher do suspeito que ele estaria em outro endereço, no condomínio Residencial Mariana, em Cuiabá.
Deslocados para a cidade, os policiais conseguiram chegar às 07h20, cinco minutos depois que ele acabara de sair. Pelas imagens do circuito de câmeras do condomínio, os policiais observaram que um Chevrolet Prisma branco entrou pela garagem do prédio.
Flávio entrou no carro, que já tinha um motorista e saiu tomando rumo ignorado. A dona do carro é uma servidora contratada da Prefeitura de Cuiabá.
No apartamento, dentro da churrasqueira, os policiais também encontraram diversos documentos queimados, provavelmente, numa tentativa de eliminar provas. Alguns papeis, inclusive folhas de cheque, mesmo queimados foram recolhidos para análise.
Flávio Alexandre Taques era secretário adjunto de Saúde até esta terça-feira. Tão logo tomou conhecimento das investigações contra ele, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) o exonerou do cargo.
Na operação de ontem, o juiz Marcos Faleiros determinou a prisão de oito pessoas. Além de Flávio Alexandre, o magistrado ordenou a detenção do ex-secretário Huark Douglas, médico Fábio Liberali Weissheimer, advogado Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Celita Liberali, Luciano Correa Ribeiro Fábio Alex Taques.
Destes, apenas Fábio Taques conseguiu liberdade por decisão do Tribunal de Justiça. O desembargador Pedro Sakamoto mandou soltá-lo no início da tarde.
PAD
Por meio de nota, o novo secretário de Saúde de Cuaibá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, anunciou que será aberto um processo administrativo disciplinar para investigar o fato. “Após as notícias veiculadas na mídia de que uma servidora de carreira da Secretaria Municipal de Saúde teria dado cobertura para a fuga do ex servidor Flavio Taques, alvo de mandado de prisão da ‘Operação Sangria 2’, deflagrada na última terça-feira (18), o secretário municipal de Saúde Luiz Antonio Possas de Carvalho abriu um PAD – Processo Administrativo Disciplinar para escutar a servidora e apurar os acontecimentos”, afirma.
