Por:Veja.com
Foi o destaque da goleada do Paris Saint-Germain sobre o Galatasaray por 5 a 0, com um gol e duas assistências na partida que fechou a primeira fase da Liga dos Campeões, na quarta-feira 11, na capital francesa. Depois da partida, o atacante brasileiro falou sobre a retomada de sua melhor forma física e técnica e sobre as críticas que recebeu ao longo do ano. Explicou ainda o por que de, apesar de ser o cobrador oficial do PSG, ter cedido uma penalidade ao uruguaio Edinson Cavani, enterrando uma polêmica que remontava desde sua chegada à França.
Em entrevista ao Esporte Interativo, Neymar negou que o gesto tenha sido uma forma de se reaproximar do grupo de torcedores que o vaiou e o ofendeu em outras ocasiões. “Não fiz isso para me reconciliar com ninguém, meu primeiro pensamento é no grupo, na equipe. Individualismo no futebol não cabe. Se quisesse isso, jogaria tênis, jogaria sozinho”, disse.
“É futebol. Tem de ficar todo mundo bem. Edi (Cavani) precisava disso. Todo atacante precisa de um gol. Ele ficou contente, eu fiquei feliz. Esse é o caminho. Todo mundo precisa melhorar. Isso que importa”, completou. A repercussão do gesto foi grande, pois, em setembro de 2017, Neymar causou um acidente diplomático no clube ao insistir com Cavani para bater um pênalti. Ídolo e maior artilheiro da história do clube, o uruguaio ficou com a bola na ocasião, mas depois acabou perdendo o posto de batedor para o brasileiro.
Neymar, que em fevereiro completará 28 anos, minimizou as contestações que recebe e disse que prefere responder em campo. “A única coisa que tenho de fazer é estar dentro de campo, é onde consigo me defender das críticas. Quando jogo não tem discussão, não tem critica. Todo mundo sabe do meu potencial, do que sei fazer. É me preparar, me cuidar, para que possa estar em campo.” Negou ainda que sua comemoração, fazendo um gesto de pedir silêncio, seja uma resposta aos críticos. “Não estou provocando nada. É minha forma de esquecer o lado de fora, ‘Falar menos e jogar mais’.”
Torcida pelo ‘Mengão’ no Mundial
Neymar, que em entrevistas recentes vem enviando afagos ao Flamengo, revelou que torcerá pelo clube brasileiro no Mundial de Clubes. “Tenho amigos nos dois. Firmino e Alisson são grandes amigos, o Flamengo tem o Gabriel, Rafinha, Diego, Felipe (Luís)… mas vou ficar com o time brasileiro. Vou ficar com o Mengão. Sou brasileiro, espero que possam terminar esse grande ano. Fizeram história já, espero que possam continuar fazendo e ser campeão mundial”, afirmou o atacante, campeão mundial pelo Barcelona em 2015 e vice pelo Santos em 2011.
Por fim, o astro da seleção brasileira falou sobre a boa fase de Gabriel Barbosa, namorado de sua irmã Rafaela, e não quis se meter na escolha sobre o futuro do artilheiro do Flamengo. “É pergunta difícil, é preciso estar na pele da pessoa para falar alguma coisa. Gosto muito dele. Viajamos com Santos juntos, jogamos as Olimpíadas, tenho carinho grande por ele. Conversamos sobre isso e só disse que ele tem de estar feliz. Futebol ele tem para jogar em qualquer lugar do mundo.”