A família do cantor sertanejo Ramon Alcides Viveiros, 25 anos, uma das vítimas do atropelamento em frente à boate Valley Pub, desmentiu a informação de morte encefálica, mas refirmou que os médicos já comunicaram a família de que somente um milagre pode curar o jovem.
“Peço a todos que participaram dessa campanha até o momento que continuem e intensifiquem as preces, pois, nesse momento, apenas elas poderão ajudar/propiciar a cura do Ramon, que verdadeiramente precisa de um milagre que, segundo os competentes médicos assistentes, até hoje não foi por eles testemunhado”, descreve texto.
Novos exames, de tomografia e ressonância magnética, mostram que as lesões causadas pelo acidente afetaram a estrutura cerebral, além das severas elevações de sua pressão intracraniana.
Ramon e outras duas jovens foram atropelados em frente à boate Valley Pub, por uma caminhonete UV Renault Duster Oroch, conduzida por Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, professora substituta de Botânica da UFMT. A bióloga “acertou” os três quando eles faziam a travessia da avenida. Myllena morreu no local.
Os familiares também esclareceram que o caso não é de morte encefálica, já que o jovem ainda apresenta reflexos e atividade cerebral, mesmo em baixíssima proporção. “O ‘Ra’ não preenche os protocolos para declaração de morte encefálica, pois apresenta reflexos e atividade cerebral, embora em baixíssima proporção se comparado aos quadros clínicos considerados reversíveis. Pouparei-os e pouparei-nos de nomes e dados técnicos/médicos, e concluirei por aqui a triste mensagem: a piora significativa de hoje implica em quadro de dano neurológico irreversível para a medicina humana, mas não o falecimento do meu querido irmão, que segue vivo conosco”, explica.
Ramon e as estudantes de Direito, Hya Giarotto, 21, e Myllena de Lacerda Inocêncio, 22, foram atropelados na madrugada do último domingo (23), em frente à casa noturna na Avenida Isaac Póvoas. O vídeo de câmeras de segurança na Avenida Isaac Póvoas mostra o acidente. Ele tem duração de 01m02s e o que se vê é absolutamente chocante.
Por volta dos 25 segundos, é possível ver Hya iniciando o que parece ser uma dança em frente a outros carros, que vêm reduzindo a velocidade e parando devido à movimentação. A vítima aumenta um pouco o passo da dança e vai ao encontro da amiga Myllena.
Daí em diante, a imagem é saturada pelos faróis da SUV Renault Duster Oroch, conduzida por Rafaella Ribeiro, mas o que se vê logo depois é Hya sendo atropelada e arrastada por cerca de 30 metros. É quando acontecem os piores frames do vídeo: os momentos exatos em que o carro de 1.355 kg passa por cima da universitária e fere suas pernas, cabeça e braços. É também quando as primeiras pessoas começam a chegar à tentativa de socorrê-la.
PEDIDO DE AJUDA
Amigos da estudante de direito, Hya Girotto, de 21 anos, uma das vitimas do atropelamento em frente a boate Valley Pub, estão fazendo uma campanha nas redes sociais para custear o tratamento e despesas médicas da jovem. A informação é divulgada em perfis dos amigos no Facebook.
NOTA PÚBLICA
Boa noite a todos.
Me desculpem a demora, sei que todo mundo que participa dessa grande campanha de #ForçaRamon quer saber sobre seu estado de saúde e quadro clínico, mas também sei que todos vocês entenderão o lado da família nesse momento.
Conforme muito noticiado, hoje de manhã o Ra teve sérias intercorrências em seu quadro clínico, com severas elevações de sua pressão intracraniana. Após realização de exames de tomografia e ressonância magnética, foram constatadas lesões bastante significativas na estrutura cerebral dele, o que já era esperado em razão da gravidade do acidente ocorrido.
Porém, os exames revelaram também o que até então era desconhecido, que são lesões graves também no tronco cerebral, estas em caráter irreversível.
É preciso lembrar que “irreversível” significa que não há nada que a medicina humana atual possa fazer para curar os edemas encontrados. Lembro também que isso não é sinônimo de “morte cerebral”, como muitos foram levados a crer em razão de divulgação de notícias equivocadas.
O Ra não preenche os protocolos para declaração de morte encefálica, pois apresenta reflexos e atividade cerebral, embora em baixíssima proporção se comparado aos quadros clínicos considerados reversíveis.
Pouparei-os e pouparei-nos de nomes e dados técnicos/médicos, e concluirei por aqui a triste mensagem: a piora significativa de hoje implica em quadro de dano neurológico irreversível para a medicina humana, mas não o falecimento do meu querido irmão, que segue vivo conosco.
Peço a todos que participaram dessa campanha até o momento que continuem e intensifiquem as preces, pois, nesse momento, apenas elas poderão ajudar/propiciar a cura do Ramon, que verdadeiramente precisa de um milagre que, segundo os competentes médicos assistentes, até hoje não foi por eles testemunhado.
Muito obrigado a todos. 🙏🏾