O presidente da República, Jair Bolsonaro, sinalizou nesta quinta-feira que pretende sancionar o fundão eleitoral de 2 bilhões de reais, aprovado em dezembro no Congresso Nacional. Bolsonaro deu a entender que, se ele não der aval à medida, corre o risco de cometer crime de responsabilidade, o que justificaria um processo de impeachment contra ele.
“Se você ler o artigo 85 da Constituição (que trata dos crimes de responsabilidade do presidente da República)… Se eu não respeitar a lei, eu fico incurso no crime de responsabilidade”, disse o presidente na frente do Palácio da Alvorada, em Brasília. Ele ainda afirmou que é preciso “preparar a opinião pública, caso contrário seria um massacre, vocês arrebentam comigo”.
No fim de dezembro, Bolsonaro havia dito que não concordava com o fundão e que, “se houvesse uma brecha”, ele vetaria esse trecho da proposta orçamentária. O fundão eleitoral foi incluído no Orçamento de 2020 com o objetivo de financiar as campanhas eleitorais com dinheiro público. O Orçamento também traz os gastos com o fundo partidário, de cerca de 1 bilhão de reais, que serve para pagar as despesas cotidianas dos partidos.