Marcos Harter é investigado pelo CRM-MT por divulgar preços de cirurgias plásticas nas redes sociais

Anúncio é voltado para clientes de Florianópolis (SC) e diz que a implantação das próteses custa R$ 6.950. No entanto, Marcos não tem autorização para exercer a profissão no estado. Ele também é investigado por publicidade ilegal do uso da medicina.

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G1.com

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) abriu uma sindicância para investigar o médico e ex-BBB, Marcos Harter, nessa quinta-feira (9). O procedimento administrativo foi aberto depois de uma série de publicações de Marcos no perfil dele nas redes sociais sobre preços de cirurgias para a implantação de próteses de silicone.

G1 tentou contato com o Marcos Harter por telefone e pelas redes sociais, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.

O anúncio diz que a implantação das próteses custa R$ 6.950 com todos os procedimentos inclusos e, apesar da clínica de Marcos ser em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, as publicações são voltadas para clientes de Florianópolis (SC).

No entanto, segundo o CRM-MT, Marcos não tem autorização para exercer a profissão em Santa Catarina.

De acordo com o Conselho, o médico possui registro somente em Mato Grosso, São Paulo e Paraná.

Marcos Harter fez uma publicação nos story anunciando que já está em Florianópolis — Foto: Instagram/ReproduçãoMarcos Harter fez uma publicação nos story anunciando que já está em Florianópolis — Foto: Instagram/Reprodução

Marcos Harter fez uma publicação nos story anunciando que já está em Florianópolis — Foto: Instagram/Reprodução

Além disso, ele é investigado por publicidade ilegal do uso da medicina.

“É vedado ao médico a prática de concorrência desleal, o exercício mercantilista da medicina; permitir que sua participação na divulgação de assuntos médicos em qualquer veículo de comunicação de massa, deixe de ter caráter exclusivamente de esclarecimento e educação da sociedade, e a divulgação de assuntos médicos de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico”, diz trecho na nota.

O Conselho informou ainda que há outros processos em andamento que apuram possíveis desvios éticos do médico. A suspeita é que Marcos fazia as refeições diárias dentro da sala de cirurgia.

“O CRM-MT repudia de maneira veemente tais desrespeitos ao Código de Ética Médica e observa todos os aspectos atinentes à responsabilidade profissional. Zelamos pelo perfeito desempenho ético da medicina, bem como pelo prestígio e bom conceito da profissão”, ressalta.

O CRM de Santa Catarina (Cremesc) foi notificado pelo departamento jurídico do Conselho de MT para acompanhar as condutas de Marcos no estado.

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