Queda no preço da soja após casos de novo coronavírus na China preocupa produtores de MT; país asiático é o maior comprador

O custo desta safra foi 30% maior em relação a 2018 e o preço do grão está caindo.

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O surto do novo coronavírus tem influenciado o preço de produtos que são comprados pela China. A previsão de queda nas exportações fez o valor da soja cair nesta semana, em plena colheita. O país asiático compra 61,1% de todo o grão do estado.

O produtor rural Odair Mantovan Júnior planta soja em Mato Grosso e está preocupado. O custo desta safra foi 30% maior em relação a 2018 e o preço do grão está caindo. “Vai ter que equilibrar algumas coisas, algumas despesas, diminuir algumas despesas para tentar sempre manter as contas em dia.”, afirmou.

Os produtores já estavam preocupados com a queda nos preços no Brasil por causa do acordo comercial entre os Estados Unidos e a China. Os chineses são os maiores compradores de soja do mundo, mas agora, com a ameaça do novo coronavírus, o medo é que o mercado chinês reduza as importações.

A comercialização da saca da soja caiu no Porto de Santos, o maior do país.

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) afirma que a variação é causada porque especuladores estão buscando operações mais seguras.

“O produtor e o governo brasileiro têm que ter calma. O governo brasileiro também tem que fazer a sua parte no monitoramento da entrada desse vírus dentro do país e o produtor tem que ter calma nesse momento e levar em conta que essa histeria vai passar e que os mercados vão voltar ao normal pra ele poder comercializar a sua soja com mais segurança.”, afirmou o diretor executivo da Aprosoja, Wellington Andrade.

Segundo o Ministério da Economia, a China comprou R$ 23,2 bilhões em soja brasileira no ano passado. Para o analista João Birkhan , o país precisa buscar antigos mercados.

“Nós vendíamos para o Japão, Indonésia, para a Europa, abastecia a Europa. Como vendemos quase tudo, ou vendemos muito mais para a China do que em tempos normais, nós deixamos deixamos de vender para outros, nós temos quantidade limitada de exportação 75 milhões de toneladas. O importante é saber números mundiais, cada ano temos que produzir mais para atender o aumento da demanda natural do mundo”, disse.

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