TJ-MT mantém vereador Calistro na prisão por avaliar liberdade como “temerária”

0

desembargador Gilberto Giraldelli, do Tribunal de Justiça, negou pedido de liberdade da defesa do vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Várzea Grande Jânio Calistro (PSD). Para o magistrado, seria “temerária” a revogação da prisão do parlamentar, que é acusado de associação ao tráfico de drogas.

O habeas corpus foi negado na quinta (30). A defesa do vereador, feita pelo advogado Ricardo Monteiro, “negou veemente o seu envolvimento com qualquer organização criminosa e o comércio espúrio de entorpecentes”.

A tese da defesa é que o vereador apenas manteve contato com alguns dos investigados para tratar de assuntos normais. As interceptações telefônicas feitas pela Polícia Judiciária Civil (PJC) não mostram condutas ilícitas, segundo o advogado, e “são interpretadas pelos Policiais, segundo seus juízos de valores”.

O advogado ainda destaca que as buscas feitas durante a Operação CleanUp, em dezembro, não encontraram provas de crimes ou de envolvimento do vereador com o narcotráfico e o Comando Vermelho. As munições encontradas seriam justificadas porque Calistro é escrivão aposentado da PJC.

A investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) identificou uma ligação telefônica entre o vereador e o suspeito João Vanderson, conhecido como “Peruca”, na qual o suposto criminoso relatava a Calistro toda a movimentação da venda de drogas feita pelo grupo em Várzea Grande.

O desembargador destacou que a prisão do parlamentar foi decretada por haver indícios suficientes de seu envolvimento nos crimes, como sendo um dos integrantes do grupo “formado para disseminar entorpecentes na região da comarca de Várzea Grande/MT”.

Com a liminar negada por Giraldelli, o pedido de liberdade ainda pode ser analisado pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

Deixe seu comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here