Nesta quarta-feira (26), o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de coronavírus no país. Outros 20 casos suspeitos da doença estão em investigação nos seguintes estados: Paraíba (um caso), Pernambuco (um), Espírito Santo (um), Minas Gerais (dois), Rio de Janeiro (dois), São Paulo (11) e Santa Catarina (dois). A maior parte dos casos suspeitos tem histórico de viagem para a Itália (12), seguido da Alemanha (dois), Tailândia (dois), China (um), França (um) e contato com o paciente confirmado (um) ou com algum paciente considerado suspeito (um).
O primeiro caso da infecção no Brasil é um homem, de 61 anos, residente em São Paulo, com histórico de viagem para a Itália. De acordo com o Ministério, ele está bem e em isolamento domiciliar até que os sintomas desapareçam. O paciente viajou para a Itália entre 9 e 20 de fevereiro. Retornou ao Brasil no dia 21 de fevereiro a partir de um voo proveniente de Paris, na França. Os sintomas (febre, coriza, tosse e dor de garganta) apareçam no último domingo (23) e procurou o hospital na segunda-feira (24). Na terça-feira (25) a infecção por coronavírus foi detectada pelo Hospital Albert Einstein em São Paulo, local procurado pelo paciente e confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz.
A recomendação é que cuidadores e trabalhadores de saúde monitorem o aparecimento dos sintomas por 14 dias. Outros 30 familiares que também tiveram contato com o paciente e os passageiros do avião também estão sendo monitorados.
Atualmente, pessoas provenientes de 16 países (Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã, Camboja e China) e que apresentem sintomas compatíveis com a infecção por SARS-CoV2 são consideradas suspeitas. Por isso José Henrique Germann Ferreira, Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, acredita que haverá um aumento no número de pessoas consideradas suspeitas.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, descartou a possibilidade de fechar fronteiras ou adotar medidas restritivas. “Não dá para fazer medidas restritivas. O mundo é global e conectado.” , disse o ministro em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira. Mandetta ressaltou ainda que o próximo passo será “analisar o comportamento do vírus em um país tropical, que se aproxima do inverno”.
Para evitar contaminação, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.