O ex-governador Silval Barbosa ingressou com um pedido de habeas corpus (HC) preventivo com tutela de urgência na 7º Vara Criminal de Cuiabá para não comparecer na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), na Câmara de Vereadores de Cuiabá.
O pedido foi protocolado na quinta-feira (27) pelos advogados Valber Melo e Filipi Maia e caberá ao juiz Jorge Luiz Tadeu decidir. A defesa de Silval alega que o ex-governador já prestou depoimento em fevereiro de 2018, onde passou por 3 horas depondo. “Ele já prestou esclarecimentos sobre esses fatos nesta CPI e que depois foi suspensa pela justiça”, disse Maia
De acordo com o calendário da CPI, caso o HC não seja aceito, Silval será ouvido na segunda-feira (2) em sessão aberta. Silval será o segundo a depor no retorno dos trabalhos da CPI que ficou quase dois anos suspensa por disputa judiciais entre oposição e governistas.
O ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Corrêa foi ouvido no dia 19 de fevereiro. Ele reafirmou que as gravações foram feitas para comprovar que o “acordo” estava em dia, com as parcelas de R$ 50 mil mensais aos deputados estaduais da época. O acordo em questão destinava R$ 600 mil para os parlamentares pela execução de obras do programa Mato Grosso Integrado.
Entre os que foram filmados por Silvio está o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que na época era deputado estadual. Para Emanuel, Silvio disse ter pago de 8 a 10 parcelas de R$ 50 mil.