A bolsa de valores brasileira, a B3, enfrenta mais um dia de forte turbulência nesta quinta-feira (12), e paralisou as negociações pela segunda na mesma sessão, o que não acontecia desde a crise de 2008. acompanhando os mercados financeiros globais em razão dos últimos desdobramentos ligados à pandemia do novo coronavírus.
Às 15h27, o Ibovespa tinha queda de 14,16%, a 73.108 pontos, após a segunda paralisação dos negócios do dia. Caso a queda chegue a 20%, a bolsa pode decidir por nova suspensão dos negócios (a duração será decidida pela própria Bovespa). Veja mais cotações.
Às 11h12, o Ibovespa recuou 15,43%, a 72.026 pontos, quando foi acionado o 2º “circuit breaker” do dia – sistema que interrompe os negócios automaticamente quando a queda supera 15%. A paralisação foi de 1 hora. Às 10h22, quando o Ibovespa caía 11,65%, os negócios foram paralisados por meia hora.
A intensidade da queda da bolsa brasileira diminuiu após o Federal Reserve (Fed, banco central) de Nova York anunciar que ofertará mais US$ 1,5 trilhão por meio de operações de recompra de títulos para dar liquidez e alívio os mercados.
No ano, o principal índice da bolsa brasileira passa a acumular queda de quase 40%.
É a 4ª vez na história da B3 que os negócios são paralisados pela 2ª vez na mesma sessão. A última paralisação de 1 hora por queda de mais de 15% tinha ocorrido em 6 de outubro de 2008. Foi também a 4ª suspensão das negociações numa mesma semana – e a primeira vez que isso aconteceu.
Entre as principais baixas desta quinta, Petrobras tinha queda de mais de 23%. Azul PN derretia 27% Gol PN perdia 33%.
Pelas regras da B3, caso o Ibovespa atinja uma queda de 20%, a Bolsa poderá determinar a suspensão dos negócios em todos os mercados por prazo definido a seu critérios.
O dólar, por sua vez, chegou a passar de R$ 5 nesta quinta, mas a disparada perdeu força após uma atuação mais forte do Banco Central com leilões de dólares em moeda à vista.