Da Redação
Mesmo se lançando como pré-candidato a Prefeitura de Várzea Grande, o empresário Flávio Vargas do PSB, mostra-se favorável ao adiamento das eleições municipais de 02 de outubro deste ano, em razão daquilo que ela acredita: “a saúde do povo está em primeiro lugar. Depois podemos pensar em eleições”.
Além de vaticinar em prol do adiamento ou prorrogação das eleições, o empresário do setor de frigoríficos de Mato Grosso, salienta que as autoridades brasileiras tem custo muito alto. Portanto, os nossos políticos tem que pensar no custo Brasil dessas eleições, em um momento em que todos os recursos têm que ser direcionado para a saúde da população brasileira. “Pois o vírus não escolhe cor, raça ou credo. E todos nós devemos nos preocupar com a saúde de cada cidadão mato-grossense, de cada brasileiro”, frisou.
Muito embora, Flávio Vargas acredite que as eleições deverão ser adiadas ou prorrogadas “em pelo menos um mês”, ele diz que a sua chapa de pré-candidatos a vereadores está praticamente formada. “Nós conseguimos nos organizar, objetivando o cumprimento das normais eleitorais para as eleições de outubro. E somente a partir do dia 10 de abril, recomeçaremos outros trabalhos que visem às eleições municipais de 2020. Mas, mesmo pensando assim, sou favorável ao adiamento delas”, disse.
O ministro Luis Roberto Barroso, do STF, assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio, mas desde já tem uma demanda antecipada de problemas. A maioria deles vem da classe política, que deseja adiar as eleições municipais, marcadas para outubro, por conta do coronavírus. Imagina-se que em outubro a pandemia já tenha acabado, mas o processo eleitoral começa bem antes com a realização da pré-campanha em março e as convenções partidárias em julho e agosto, quando a doença poderá ainda não estar debelada. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi o primeiro a pedir o adiamento das eleições.
Alguns sugerem até que se prorrogue os mandatos dos atuais prefeitos por mais dois anos, coincidindo assim com a realização das eleições gerais em 2022. Barroso, no entanto, em entrevista disse que ainda é cedo para a tomada dessa decisão, admitindo que, se a pandemia não tiver cessado até julho, o TSE poderá adiar o pleito,“mas apenas por alguns meses”. Adverte que isso só será possível se o Congresso aprovar uma emenda constitucional nesse sentido. Mas, de antemão, não aceita a ideia de prorrogação de mandatos. Para ele, essa medida é “aterradora” para a democracia.