Fonte: CB
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve fazer um novo pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão neste sábado (16/5) para pregar a volta ao trabalho em todo o país. Será o sexto pronunciamento de Bolsonaro desde o início da crise econômica e de saúde desencadeada pelo novo coronavírus.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a ideia do presidente é pregar um “cavalo de pau” nas atuais determinações de prefeitos e governadores. No vídeo, ele deve citar que incluiu uma série de atividades na lista de serviços essenciais — apesar de diversos estados e municípios não terem adotado a inclusão, com base em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que deu autonomia aos gestores locais.
Bolsonaro já havia revelado a intenção e fazer o pronunciamento em reunião com empresários na quinta-feira (14/5). Durante a videoconferência, o presidente pontuou que a mensagem oficial é necessária porque “nós temos que ter mais do que comercial de esperança, transmitir a confiança”.
Segundo Bolsonaro, o texto do pronunciamento foi elaborado em conjunto com o ministro da Economia. “Pedi ao Paulo Guedes que já comece a revisar o que eu vou falar para gente dar mensagem logicamente objetiva, voltada para a vida, voltada para a economia, para nós sairmos da situação em que nos encontramos”, disse o presidente aos empresários.
O presidente é contrário ao isolamento social — medida recomendada pelas autoridades internacionais de saúde para conter a pandemia de covid-19, doença que já matou mais de 14 mil brasileiros— e defende a reabertura do comércio. Neste sábado, Bolsonaro escreveu no Twitter: “O desemprego, a fome e a miséria será (sic) o futuro daqueles que apoiam a tirania do isolamento total”. Ele também usou a rede social para atacar os governadores que, conforme decisão do STF, podem decidir sobre o fechamento ou a reabertura de estabelecimentos comerciais.
Ainda conforme O Estado de S. Paulo, o pronunciamento não havia sido gravado até a noite de sexta-feira. A gravação e a exibição não constam na agenda do presidente. Procurado pela reportagem para confirmar a exibição, o horário e o teor da fala de Bolsonaro, o Planalto não respondeu.
