Eleições em Cuiabá e Várzea Grande: Vem aí a dupla sertaneja ‘Emanuel e Emanuelzinho’

A se confirmar as candidaturas de pai e filho, a população pode se revoltar com dogmas existentes como ‘Curral eleitoral ou a chamada Familiocracia’

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Por : Eraldo Lima

Agora que todo mundo já sabe que o deputado federal Emanuelzinho Pinheiro (PTB) reside em Várzea Grande, trocou seu domicílio eleitoral de Cuiabá para a terra de Couto Magalhães e pode se lançar como pré-candidato a prefeito da Cidade Industrial, inclusive podendo contar com o apoio do senador Jayme Veríssimo de Campos (DEM), à pré-candidatura de Emanuelzinho, filho do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) já sofre reações e rende comentários, alguns positivos, outros nem tanto.

Um desses comentários já se transformou em memes que já circulam na cidade e que identificam pai e filho como uma dupla sertaneja denominada “Palitozão e Palitozinho” em decorrência do escândalo do Palito, ocorrido no Governo Silval Barbosa (PMDB), ocasião em que o agora prefeito da Capital, à época deputado estadual, foi flagrado recebendo propina das mãos do ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Sílvio Correa, configurando-se com o ‘Escândalo do Palito’.

O Escândalo do Palitó ganhou repercussão nacional e até hoje a imagem do prefeito da Capital recebendo dinheiro como propina guardada no palito ainda é muito utilizada para denegrir Emanuel Pinheiro, principalmente quando o assunto versa sobre sua recandidatura à Prefeitura de Cuiabá. Em Várzea Grande, além das reações contrárias à pré-candidatura de Emanuelzinho Pinheiro (que se diga de passagem não tem nada haver as ações patrocinadas pelo seu pai) repercutem mal por toda a cidade.

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Do grupo político encabeçado pelo senador democrata, Jayme Campos, o vereador e presidente da Câmara de Vereadores Fábio Tardin (DEM),que pensa em disputar a cadeira ocupada hoje pela prefeita Lucimar Sacre de Campos (DEM), sem se referir ao deputado Emanuelzinho, disse que ‘um candidato a prefeito de VG, que conhece somente na cidade a Avenida da FEB, não conhece os bairros da cidade e nem se identifica com a gente da terra, não pode se eleger prefeito da Cidade Industrial’, rebateu Tardin, num aviso claro ao senador Jayme Campo.

O comentário do vereador Tardin veio em resposta a Jayme Campos que vislumbrou juntamente com o prefeito cuiabano a possibilidade de lançar o deputado federal como candidato a prefeito de Várzea Grande, em que pese ter entre seus aliados, nomes preparados para uma disputa eleitoral, como o vice-prefeito Hazama, o secretário de Obras da prefeitura, Luiz Celso e ainda os demais secretários municipais, Kalil Baracat (Governo), Sílvio Fidelis (Educação), além de Júlio Pacheco, empresário que goza de grande prestígio no município e junto ao grupo político dos Campos,

Entretanto, comenta-se nos bastidores da política, que se depender da família Campos, o nome de consenso às eleições municipais de 2020, recaí sobre o do nome do deputado petebista, consubstanciando uma vontade do prefeito Emanuel Pinheiro de liderar a Baixada Cuiabana, comandando as duas principais cidades do Estado de Mato Grosso, Cuiabá e Várzea Grande, num verdadeiro ‘curral eleitoral ou famíliocracia.’

Enquanto se espera pela definição das datas para a eleição municipal que poderá ocorrer em quatro de outubro ou em duas datas a serem definidas entre os meses de novembro ou dezembro, Emanuelzinho Pinheiro vai aproveitando para conhecer os meandros dos os bastidores da política várzea-grandense, bem como a sua gente, copiando o saudoso e político matreiro,Rubens dos Santos Baracat que uma vez disse: “Quem não passar pela Universidade Política de Várzea Grande, nunca será um bom político.”

 

 

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