Governo aumenta em 3 vezes capacidade de leitos de UTI, mas população várzea-grandense não concorda com críticas da SES

“Sabemos que a prevenção à doença é o melhor caminho para combate-la. Só não concordo com o secretário de Saúde ao estender à toda população do município, a responsabilidade pelo aumento da doença na cidade.”

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A taxa de ocupação de leitos de UTIs e enfermarias aumenta dia-a-dia em MT.

O Governo do Estado ampliou a rede de leitos definitivos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de 40 para 120, entre os meses de março e maio, nos Hospitais Estaduais Santa Casa, em Cuiabá, e Metropolitano, em Várzea Grande. O número representa um aumento de três vezes da capacidade para tratamento dos pacientes da Covid-19.

O Hospital Estadual Santa Casa passou por adequação para atender aos casos graves de coronavírus e conta com 50 leitos de UTI definitivos, ou seja, que permanecerão na estrutura hospitalar mesmo após a pandemia.

Foram abertos 30 leitos em abril e mais 20, no mês de maio, sendo 10 para UTI pediátrica. A unidade conta ainda com 117 leitos clínicos para atender aos pacientes do coronavírus.

Já o Hospital Metropolitano foi inteiramente reformado e inaugurado no último dia 14 de maio, com 40 leitos de UTI exclusivos para o tratamento da Covid-19. Ainda em maio, o governador Mauro Mendes anunciou a abertura de mais 30 leitos de UTI na unidade. O hospital conta também com 238 leitos clínicos.

Em que pese as críticas do secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo sobre o desrespeito da população várzea-grande em relção a pandemia do novo coronavírus, somente porque a cidade tem hoje um hospital que conta com mais de 200 leitos e aparelhado para combater a doença,o Hospital Metropolitano, dezenas de centenas de pessoas ouvidas pela reportagem do Correio Metropolitano, não gostaram das críticas de Figueiredo e foram enfáticas ao dizer que respeitam e temem a doença, a sua propagação no município e colaboram obedecendo as regras de imunização à doença, como o uso de máscaras, o isolamento social e o distanciamento, como medidas para combater o coronavírus e a sua proliferação na Cidade Industrial.

“Não podemos assimilar de todo verdade as críticas do secretário de Saúde Mato Grosso para o mal comportamento da população várzea-grandense em relação ao novo coronavírus,” disse a anciã Maria Georgia Rodrigues (64), moradora da Cohab Cabo Michel. Continuando disse também: “sei que a prevenção à doença é o melhor caminho para combate-la. Só não concordo com o secretário de Saúde ao estender à toda população do município, a responsabilidade pelo aumento da doença na cidade, só porque temos aqui o Hospital Metropolitano. Acredito que todos estão conscientes sobre a importância de se cuidar para evitar a doença e só temos a agradecer a preocupação do Governo do Estado em dotar aquele hospital com leitos e equipamentos para debelar com o coronavírus em nosso município,” disse ela.

A intenção do Governo em construir hospitais e abrir leitos definitivos é de reforçar toda a estrutura da rede de saúde permanente do Estado, de forma que o atendimento à população seja ampliado durante e após a pandemia.

“Nosso plano de ação contempla a abertura de leitos definitivos em todas as regiões de Mato Grosso. Definimos locais estratégicos, em conjunto com os prefeitos, o que permitirá atendimento não apenas à população de um município específico, mas de toda a região que utiliza essa estrutura de saúde, trazendo economia de recursos, qualidade no atendimento e facilidade de acesso”, afirmou Mendes.

No interior, mais 70 leitos de UTI serão abertos em hospitais regionais e em parceria com as prefeituras municipais. A ampliação em 10 leitos em cada unidade ocorre nos municípios de Barra do Garças, Confresa, Tangará da Serra, Juína, Peixoto de Azevedo, Água Boa e Cáceres, cujo hospital regional ainda vai ganhar mais 20 leitos clínicos, após reforma nos mesmos moldes da que foi feita no Hospital Metropolitano.

“Temos atualmente, 110 UTIs sendo montadas ou em processo de construção no interior do Estado. Ou seja, temos aquilo que a Organização Mundial de Saúde sempre disse que é preciso ter, que são leitos em condições para atender a população que for contaminada e precisar de atendimento digno de saúde”, afirmou o governador.

O Estado conta atualmente com 1.110 leitos para os pacientes do coronavírus, sendo 253 de UTI e 857 leitos clínicos.

 

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