A devolução de recursos da União pela Prefeitura de Cuiabá e pelo Estado, remete bem a peça Hamlet, do escritor e poeta Willian Shakespeare: “Há algo de podre no reino da Dinamarca,” em razão da decisão do Governo Federal de solicitar a devolução de recursos da ordem de R$ 12,8 milhões que deveriam ser aplicados na construção de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTIs) para hospitais de referência no Estado e principalmente para a construção de 60 leitos no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).
Por sua vez, a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, afirma que o pedido das desabilitações dos leitos, partiu do secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo (DEM), que após visita de supervisão técnica pela equipe da SES no dia 26 de maio, “constatou-se que os referidos leitos não se encontravam em funcionamento”. Sobre a decisão de desabilitar os leitos, Figueiredo afirmou que, os pedidos de desabilitação partiram dos próprios gestores da Prefeitura de Cuiabá, diz trecho do ofício encaminhado ao Ministério da Saúde.
O pagamento pelas UTIs foi realizado antes da vistoria se as estruturas estavam funcionando. Após uma checagem, foi verificado que o número informado ao Ministério da Saúde não era o mesmo que estava pronto para utilização. Dessa forma, o procedimento formal é a desabilitação, para que o recurso – que mantém o leito funcionando – pare de vir. E como o hospital recebeu e não forneceu o serviço, terá que ressarcir o governo federal. Para finalizar a questão estamos da peça teatral de Hamlet ou é mesmo o “Samba do Crioulo Doido”.