Com Mato Grosso respondendo por 95,4 mil hectares de área desmatada, o governador Mauro Mendes garantiu ao vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, que os praticantes de desmatamento ilegal e queimadas ilegais em Mato Grosso sofrerão “consequências graves” e não sairão impunes.
Mendes se reuniu com o vice-presidente, por videoconferência, na manhã desta quinta-feira (25.06), juntamente com os governadores dos estados abrangidos pela Amazônia. Também estiveram presentes os secretários de Estado Mauro Carvalho (Casa Civil), Mauren Lazzaretti (Meio Ambiente) e Alexandre Bustamante (Segurança Pública).
“Não aposte na ilegalidade, não aposte que não vai dar em nada. Precisamos respeitar a legislação, e todos aqueles que tiverem o direito legal de desmatar, o direito será garantido. Agora, não faça nada ilegal porque as consequências vão vir e serão graves”, alertou.
De acordo com o governador, apesar de a pandemia do coronavírus trazer algumas dificuldades, não irá afetar o ritmo de fiscalização das atividades ambientais.
“Mato Grosso não vai diminuir o ritmo de fiscalização. Estamos soltando equipes em campo. Temos sim algumas dificuldades pelas restrições de deslocamento nesse momento. Mas as nossas equipes, Bombeiros, Sema, Polícia Ambiental, órgãos de fiscalização, junto com o Governo Federal, com o Exército, estarão presentes em todo o estado”, explicou.
O chefe do Executivo Estadual relatou que somente neste ano foram aplicados R$ 550 milhões em multas e já há uma força-tarefa para julgar os autos de infração pendentes.
“Tínhamos um passivo de 14 mil processos de autuação. Vamos julgar esses processos, garantir o direito de defesa, mas vamos mandar para a dívida ativa e inscrever no cadastro de inadimplentes, como SPC e Serasa. Isso vai trazer dissabores que eles [desmatadores] nunca experimentaram no Estado”.
Para o governador, preservar o meio ambiente é imprescindível não só pelo respeito à natureza, mas para a manutenção das boas relações comerciais com os países que compram produtos de Mato Grosso.
“Mato Grosso é um estado que exporta muito. Dependemos da qualidade e da quantidade dos nossos produtos, mas dependemos também da boa relação que temos que ter com os mercados que compram esses produtos do nosso estado. Por isso que essas questões ambientais são tão importantes. Senão, podemos ter grandes dificuldades para exportar esses produtos e, a partir daí, gerar grandes problemas para o Estado de Mato Grosso, o que traria problemas para todo mundo. Não só para os produtores, mas para o comércio, para os empregos e para todos os mato-grossenses”, concluiu.