Alvo da Defaz, grupo anuncia fim de atividades em MT

Empresas são acusadas de fraudes para vencerem licitações públicas e superfaturamento

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O Grupo Prox anunciou nesta terça-feira (15) o encerramento de suas atividades, programado para o dia 31 de janeiro. A motivação para tal, segundo anunciou o grupo, é a atual situação de seu caixa, comprometido por falta de pagamento do Poder Público pela prestação dos serviços.

O grupo, composto pelas empresas Prox Participações, Proclin e Qualycare, é alvo da Operação Sangria, que apura o monopólio na prestação de serviços da Saúde no Estado de Mato Grosso. As empresas do grupo prestam diversos serviços na área da saúde pública.

Apesar de avisar que os serviços serão mantidos até o dia 31, o comunicado à imprensa deixa subentendido que estes serviços podem ser comprometidos até o encerramento das atividades.

“Embora tenha apresentado um ótimo resultado administrativo e operacional, o grupo está com seu fluxo de caixa completamente comprometido, fato gerado pela inconstância e pelo atraso nos pagamentos devidos pelo Poder Público, o que tem causado diversos transtornos. Até o dia 31 de janeiro deste ano, as empresas do grupo prestarão seu serviço na medida do possível”, informou a diretoria do grupo.

Ainda no comunicado, o grupo informa que os pagamentos a seus fornecedores serão realizados de acordo com o pagamento por parte do Estado.

Operação Sangria
A Operação Sangria apura crimes de fraudes em processos licitatórios para que empresas, todas ligadas ao ex-secretário Municipal de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas, e a outras pessoas, sagrassem vencedoras em contratos envolvendo prestação de serviços de determinados procedimentos médicos.

Além da fraude, as investigações ainda apontam para o superfaturamento da prestação de serviços e pagamento de propina para a continuidade dos contratos celebrados entre as empresas e o Poder Público.

A primeira fase foi deflagrada no dia 4 de dezembro. A segunda fase foi deflagrada após os investigadores tomarem conhecimento de que os envolvidos estavam destruindo provas e coagindo testemunhas.

Foram alvos dos mandados de prisão o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Luciano Correa Ribeiro, Flávio Alexandre Taques da Silva, Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.

Exceto Flávio Alexandre Taques da Silva, que se apresentou à polícia apenas em 2 de janeiro, todos os demais investigados já se encontram em liberdade.

As empresas, supostamente, envolvidas no esquema são a Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações com o município de Cuiabá e o Estado.

A investigação da operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administrador de empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário público, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial a Proclin e a Qualycare.

Veja a nota:

O Grupo Prox, formado pelas empresas Prox Participações, Proclin e Qualycare, vem a público informar que encerrará suas atividades no próximo dia 31 de janeiro. A decisão foi tomada por fatores financeiros. Embora tenha apresentado um ótimo resultado administrativo e operacional, o grupo está com seu fluxo de caixa completamente comprometido, fato gerado pela inconstância e pelo atraso nos pagamentos devidos pelo Poder Público, o que tem causado diversos transtornos. Até o dia 31 de janeiro deste ano, as empresas do grupo prestarão seu serviço na medida do possível. Os pagamentos aos credores e colaboradores serão feito à medida que as empresas receberem os valores devidos pelo Poder Público. O Grupo Prox agradece ao apoio recebido de seus parceiros, fornecedores e clientes ao longo dos últimos anos.

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