Da Redação
Já viu ou ouviu falar daquele ditado popular ‘Quem pode, pode, quem não pode se sacode! Foi desta forma que reagiu a moradora da Cohab Cabo Michel, em Várzea Grande, quando viu a notícia dando conta que o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (DEM) viajou a São Paulo para no Hospital Sírio Libanês após sentir alguns sintomas característicos do novo coronavírus.
“Se fosse qualquer um de nós, pobres mortais, estaríamos correndo de hospital em hospital procurando por um leito de UTI. Como ele é deputado (caixa alta) já correu para um hospital que somente atende ricos, no estado de São Paulo,” disse ela, desabafando e rogando plagas na doença que em Várzea Grande já matou quase 200 pessoas pobres ou ricas, em razão da doença não fazer distinção de cor, raça ou religião, pobre ou rico.
Quando o governador Mauro Mendes contraiu a doença, há um mês e meio, ele foi orientado a seguir para a cidade de São Paulo para tratar da infecção. Porém, sua assessoria negou essa informação e até mesmo o governador veio a público para informar que era fake news a notícia dando conta de sua viagem.
Bem que a repórter do Correio Metropolitano tentou amenizar a situação junto à moradora da Cohab Cabo Michel, que preferimos não identifica-la, informando a ela que o deputado Eduardo Botelho é o presidente do Poder Legislativo de Mato Grosso. Mas ela preferiu continuar em defender a sua tese discriminatória afirmando: “Moço, não adianta defender o Botelho. Sabemos muito bem que ele é um ‘papa banana’, bem dos nossos. Só quando ficou rico, deu as costas pra nós. Mas, entrego a causa nas mãos de Deus,” acentuou.
A reportagem levantava na COHAB Cabo Michel, a falta de água no bairro. Aliás, muitos bairros do município de Várzea Grande estão sentindo falta do produto. O Departamento de Água e Esgoto (DAE), nestes tempos de pandemia, ainda não veio a público informar a razão da falta de águas, em diversas regiões da cidade.