Isabele Guimarães Ramos, morta com um tiro rosto, ficou 1 minuto e 28 segundos no banheiro, antes de ser morta pela amiga, uma adolescente também de 14 anos, que irá responder por ato infracional análogo a homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar. O pai da menor que que atirou na vítima, Marcelo Cestari, foi denunciado no inquérito por homicídio culposo. Essas informações constam na conclusão do inquérito policial, apresentadas à imprensa na tarde desta quarta-feira (2).
O inquérito foi concluído pela Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente, à frente das investigações. O documento foi apresentado nesta tarde de quarta-feira (02). O laudo pericial também descartou tiro acidental.
Em entrevista coletiva, o delegado Wagner Bassi fez a conclusão do inquérito, com a presença dos peritos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). A conclusão será oferecida como denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE).
Conforme o laudo preliminar, divulgado no dia 22 de julho, o tiro que matou Isabele Ramos ocorreu a curta distância e reto, saindo na horizontal. A bala teria entrado e saído na nuca da adolescente de 14 anos.
No dia 12 de agosto, o laudo oficial da Politec apontou que a pessoa que atirou contra Isabele estava dentro do banheiro. Segundo o documento, o atirador estava em frente à vítima, que caiu após o disparo e ficou com a cabeça no box do banheiro.
A perícia também analisou peças de roupas usadas pela adolescente e amiga de Isabele, responsável pelo disparo. Manchas de sangue foram encontradas em uma blusa e na barra da saia. Após o tiro, a menor trocou de roupa na casa de um amigo, que também mora no condomínio Alphaville.
O caso
Isabele Guimarães Ramos morreu na noite 12 de julho, após ser atingida por um tiro frontal no rosto. Laudo da Politec afirma que o tiro foi a curta distância, atingindo a vítima no nariz, causando morte instantânea. A adolescente que assumiu ter atirado em Isabele afirmou que o disparo foi acidental, no entanto, o laudo da Politec mostrou que o tiro não foi um acidente e também que o atirador estava dentro do banheiro.