As eleições municipais de 2020 em Mato Grosso nunca foram marcadas por erros, desencontros e a inexistência de sessões eleitorais que contribuíram atordoar a cabeça do eleitor que deixou de votar em seus candidatos. Além dessas irregularidades, foram registradas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE/MT) cerca de 127 ocorrências que terminaram em detenção e prisão pela Polícia Militar e em alguns municípios como Cuiabá e Várzea Grande foi necessária a intervenção até mesmo da Polícia Federal, já que, segundo informações do próprio TRE, a ineficiência da PM acabou por gerar a intervenção da PF.
Em Cuiabá e Várzea Grande, registrou-se um grande números de reclamações de eleitores que não sabiam que as suas sessões ou zonas eleitorais foram modificadas ou juntadas em outras zonas e sessões pelo tribunal com a finalidade de facilitar a votação para eleitores idosos ou portadores de doenças crônicas, daí a votação ter começado às sete horas até ás 17 hs. Porém, o registro de ocorrências deste tipo aconteceram, em que pese, pela manhã, as sessões de votação nos prédios de votação, se encontrem vazias.
Policia Federal fez a prisão de uma pessoa por corrupção eleitoral e detenção de 19 pessoas por boca de urna, compra de votos e também corrupção eleitoral. Nas horas finais das eleições deste domingo (15), as forças de segurança já atenderam a 127 ocorrências policiais. Destes, cinco ocorrências foram por compra de votos e outros quatro por fraude exercício do voto por fornecer alimento ou transporte coletivo.
As informações foram divulgadas no terceiro e último boletim pelo Diretor geral do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), Mauro Sérgio Rodrigues Diogo, sobre as ocorrências no dia de votação.
As cidades onde foram registradas as ocorrências de compra de voto são Cuiabá, Nova Mutum, Porto dos Gaúchos, Nova Santa Helena e Novo Horizonte do Norte. Na Capital, inclusive, eleitores de Barão de Melgaço foram sediados por troca de gasolina e abasteciam carros em um posto de combustível.
Já três dos detidos pela PF estavam com mais de R$ 1,2 mil. Dois foram conduzidos em Sinop, e um em Várzea Grande. Todos foram presos por corrupção eleitoral.