O papa Francisco visita a Península Arábica, na primeira viagem de um líder da Igreja Católica à região, o berço do islã. Ele chegou no domingo (3) a Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos.
O destino não foi escolhido por acaso: os Emirados Árabes Unidos abrigam quase 1 milhão de católicos, ou 9% da população, em sua ampla maioria migrantes asiáticos que foram ao país em busca de trabalho.
O papa ficará 48 horas no país muçulmano, onde participa de conferência sobre fraternidade, ao lado de outros líderes religiosos. Ele também celebra missa ao ar livre nesta terça-feira, num estádio esportivo. O público esperado é de 135 mil pessoas, o maior da história do país.
Os Emirados Árabes Unidos têm orgulho de sua tolerância e diversidade religiosa, ao menos para os padrões restritivos do Golfo Pérsico. Na Arábia Saudita, por exemplo, templos e celebrações públicas cristãs são proibidas.
Desde o início do seu pontificado, Francisco já visitou vários países de população majoritariamente muçulmana, como o Egito, o Azerbaijão, Bangladesh e a Turquia, dentro de sua estratégia de aproximação do cristianismo com o islã. Em março, ele deverá ir ao Marrocos.