Ex-diretora financeira da Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb), identificada como Patrícia Alves de Oliveira Navarros, 34, foi presa em Florianópolis (SC), na manhã desta terça-feira (23). Ela é investigada pelo desvio de R$ 1,4 milhão dos cofres da Prefeitura de Cuiabá.
Segundo a Polícia Civil, durante o cumprimento da prisão, a casa de Patrícia também foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Computadores e documentos foram apreendidos e vão servir para enriquecer a investigação da Operação Chave de Ouro, que apura o desvio.
Consta no Diário Oficial de Contas que o prefeito Emanuel Pinheiro exonerou Patrícia em outubro de 2020 do cargo de ‘Gestão, Direção e Assessoramento de Coordenador Administrativo Financeiro” da empresa, com CDGA 8 e salário de R$ 3.070.
Já o segundo alvo da operação foi Juilson Aguiar Albuquerque. Policiais cumpriram mandado de busca e apreensão contra ele. Juilson foi exonerado do cargo de ‘Gestão, Direção e Assessoramento de Diretor Técnico de Serviços Urbanos’, em 30 de novembro de 2020.
O ex-diretor estava ocupando o CGDA 3 na Limpurb. A exoneração dos dois servidores foi feita assim que as suspeitas de desvios ganharam força nas auditorias realizadas pela Controladoria Geral e pela própria Limpurb.
A suspeita foi levada em forma de denúncia, tanto à Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), que deflagrou a operação nesta terça, como ao Ministério Público Estadual (MPE), que na semana passada divulgou a abertura de um inquérito para apurar os desvios.
Prefeitura de Cuiabá em nota esclarece sobre a operação Chave de Ouro:
“Em relação a operação “Chave de Ouro”, deflagrada nesta terça-feira (23) pela Polícia Civil, a Empresa Cuiabana informa que:
– Tem como premissa de gestão o compromisso com a transparência pública e com a lisura em todos os processos desenvolvidos pelo órgão municipal.
– Dessa forma, reforça que continua à disposição das autoridades para colaborar com todas as etapas da investigação, até que o caso seja elucidado.
– Como é evidenciado pela própria Polícia Civil, a investigação tem como origem uma denúncia realizada pela Prefeitura de Cuiabá, em dezembro de 2020, na Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor).
– Na época, o Município observou a suspeita de transações financeiras ilegais, a partir de um trabalho de auditoria feito pela Controladoria Geral do Município (CGM) e pela Limpurb.
– A denúncia foi apresentada também no Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE/MT), que igualmente já abriu um inquérito para apuração dos fatos.
– Por fim, destaca que, ao tomar conhecimento dos fatos, a gestão do Município efetuou o imediato desligamento dos servidores das funções exercidas dentro do Executivo”.