A área sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal em abril foi a maior para o mês desde 2016: 581km² até o dia 29, segundo medição do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). É o segundo mês consecutivo em que os índices batem recordes históricos mensais.
A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a área de 8 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Maranhão.
“Os alertas têm oscilado mês a mês para cima e para baixo, o que mostra que não existe uma política consistente ou uma ação sustentada da administração federal para controlar a devastação”, continua o comunicado.
Os especialistas da rede analisaram que “a queda geral de 15% só apareceu nos dados porque os alertas em julho, agosto e setembro de 2019 foram completamente fora da curva — somente em julho de 2019 uma área equivalente a uma vez e meia a cidade de São Paulo tombou na Amazônia”, afirmaram.
“A fiscalização do Ibama está parada devido a mudanças impostas por Ricardo Salles [ministro do Meio Ambiente] nos procedimentos de autuação. O processo de punição a crimes ambientais também foi inviabilizado pelo ministro. E sinalizações de que o crime compensa vêm se repetindo em atos como a investida do ministro do Meio Ambiente contra uma operação de apreensão de madeira da Polícia Federal“, afirma, em nota, o Observatório do Clima.