Bate-boca e xingamentos na CPI da Covid causam sua suspensão

Sessão da CPI da Covid é suspensa após Flávio Bolsonaro chamar Renan Calheiros de 'vagabundo' O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não é integrante da CPI, mas pediu para se pronunciar na comissão

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CPI da Covid: Bate-boca xingamentos

Após um bate-boca entre membros da CPI da Covid, o presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu a reunião por volta das 17h10 desta quarta-feira, dia 12. O encerramento aconteceu após o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) chamar o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), de “vagabundo”.
O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não é integrante da CPI, mas pediu para se pronunciar na comissão. Ao comentar sobre Renan ter pedido a prisão de Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência, que prestou depoimento nesta quarta-feira, Flávio se exaltou e ofendeu o relator da CPI.
“Há senadores que querem usar isso aqui de palanque. Que a CPI busque colaborar com a vacina no braço do brasileiro, salvar vidas. Não fazer de palanque como senador Renan Calheiros tenta fazer a todo o momento. Imagina um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros”, disse ele.
Em seguida, Calheiros levantou e rebateu o comentário feito pelo filho do presidente. “Vagabundo é você que roubou dinheiro do pessoal do seu gabinete”, disse. “Quer aparecer, rapá. Quer aparecer, rapá. Se foder”, se exalta Flávio logo depois.
Depois, o presidente da CPI reclamou da atitude de Flávio e disparou: “As agressões entre senadores não vão levar a lugar nenhum. A reunião está suspensa e volta depois da sessão do plenário do Senado. Quem quiser vir, vem, que não quiser não vem”.
O ex-secretário de Comunicação prestou depoimento na condição de testemunha, com a pessoa se comprometendo a dizer a verdade. Durante a reunião, senadores entenderam que o ex-secretário do governo mentiu diversas vezes, de forma “descarada”, causando “desrespeito”.
Por conta disso, Calheiros pediu a prisão de Wajngarten, assim como o pedido também foi feito pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que é professor de direito penal.

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