Duas pessoas foram presas em Sinop, na região norte de Mato Grosso, nesta terça-feira (22), durante a Operação ‘Alquimia’ , que tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atua na falsificação, transporte e comercialização de agrotóxicos falsificados.
A operação foi deflagrada no Rio Grande do Sul pela Polícia Civil para cumprir 53 mandados de buscas e 5 de prisão preventiva em 15 cidades do Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Bahia com apoio da Polícia Civil desses estados, além da Polícia Ambiental de Cruz Alta (RS).
Em Mato Grosso, os dois alvos da operação foram presos e tiveram armas, munições e dois veículos apreendidos.
De acordo com a polícia, essa organização criminosa falsificava agrotóxicos e produtores rurais compravam o produto enganados, com preço mais baixo e não tinham o efeito desejado, correndo até risco de perder a lavoura.
Os suspeitos presos devem responder por crime organizado e também crime ambiental.
Eles também tiveram contas bancárias bloqueadas e veículos apreendidos.
Falsificação de agrotóxicos
O esquema foi descoberto por meio de investigações da Delegacia de Repressão aos Crimes Rurais (Decrab) em Cruz Alta, uma das cidades gaúchas onde a organização criminosa armazenava, segundo a Polícia Civil, os carregamentos de defensivos agrícolas que eram falsificados em Ribeirão Preto.
De acordo com os agentes da operação, a carga, também estocada em Ijuí (RS), era comercializada pelos criminosos no Rio Grande do Sul e outros estados por valores abaixo dos de mercado e não produzia os resultados esperados pelos agricultores.
Análises feitas pelas empresas fabricantes dos agrotóxicos originais, com amostras do material do apreendido, mostraram que o produto falsificado não tinha o princípio ativo necessário, segundo a Polícia Civil.
Em etapa anterior da operação, em março do ano passado, o homem apontado como líder da quadrilha já tinha sido preso em flagrante em Ribeirão Preto em um laboratório clandestino, mas foi solto.
Além da falsificação dos agrotóxicos, os investigados na força-tarefa têm antecedentes por outros crimes como estelionatos, furtos, receptação e contrabando, segundo as autoridades.