PF prende advogado em Cuiabá em ação que combate desvios de R$ 1,2 bi

Mandado está sendo cumprido em residência em condomínio nas imediações da MT-251

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O advogado L.A.M.J., de Cuiabá, foi preso na manhã desta quarta-feira (18), durante a ‘Operação Reditus’, segunda fase da ‘Operação SOS’, deflagrada pela Polícia Federal com objetivo combater desvio de recursos públicos na Saúde por meio da contratação de organizações sociais para gestão de hospitais públicos no estado do Pará.

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Segundo as informações, o advogado é alvo de mandado de prisão temporária. Ele foi detido no condomínio San Marino, localizado nas imediações da MT-251, saída para Chapada dos Guimarães. A residência dele também é alvo de mandado de busca e apreensão.

A Polícia Federal ainda não confirmou quantos são os mandados cumpridos no Estado.

A OPERAÇÃO

O objetivo principal desta fase é esclarecer fatos relacionados aos crimes de organização criminosa e lavagem de capitais apontados no decorrer das apurações.

Cerca de 400 policiais federais, além de servidores da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União, cumprem 95 mandados de busca e apreensão, 54 mandados de prisão temporária e seis mandados de prisão preventiva, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal, nos estados de Mato Grosso, Pará, São Paulo, Goiás, Ceará, Amazonas, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Os contratos investigados ultrapassam R$ 1,2 bilhão e envolvem quatro organizações sociais, cinco hospitais regionais e quatro hospitais de campanha montados para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

De acordo com as investigações, o governo estadual efetuava repasses de verba às Organizações Sociais contratadas e estas subcontratavam outras empresas para prestarem serviços nas unidades de saúde geridas pelo grupo criminoso, prática conhecida como “quarteirização”.

Depois disso, os serviços subcontratados eram superfaturados ou nem sequer eram prestados, permitindo que a verba que deveria ser destinada à aquisição de bens ou serviços retornasse para os integrantes da organização criminosa por meio de um complexo esquema de lavagem de dinheiro.

Além dos mandados de busca e apreensão e prisão, foi determinada a suspensão das atividades de duas empresas utilizadas para lavagem de capitais, o sequestro de bens móveis e imóveis pertencentes ao principal operador financeiro do esquema, avaliados em mais de R$ 150 milhões, bem como o bloqueio de valores presentes nas contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas investigadas que, somados, podem alcançar mais de R$ 800 milhões.

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