Suzane von Richthofen, Anna Carolina Jatobá e Elize Matsunaga deixaram a Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé (SP), para a chamada “saidinha” temporária (assista ao vídeo acima). Elas deixaram o local quase simultaneamente na manhã desta terça-feira (14). Elas ficarão em liberdade até a próxima segunda (20), quando devem voltar à unidade.
Suzane foi condenada por matar os pais em 2002. Anna Carolina foi condenada pela morte da enteada Isabella Nardoni em 2008. Elize foi condenada por matar e esquartejar o marido Marcos Matsunaga em 2012.
Ao deixar a unidade prisional, antes de entrar em um táxi, Elize ainda exibiu um cartaz com uma mensagem para a filha: “te amarei além da vida”. A menina vive com os avós paternos desde a época do crime e não tem mais contato com a mãe.
Assim como as outras detentas que também tiveram autorização para a “saidinha”, as três usavam máscara de proteção contra o coronavírus.
Na semana passada, a Justiça autorizou Suzane Von Richthofen, que cumpre pena em regime semiaberto, a cursar a faculdade de farmácia em uma universidade em Taubaté (SP). O pedido foi feito pela defesa, após ela obter nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para conseguir cursar o ensino superior.
De acordo com a decisão liminar, que é de sexta-feira (10) e foi assinada pelo desembargador relator José Damião Pinheiro Machado Cogan, a autorização é válida para início imediato, já que as aulas do segundo semestre já iniciaram — o pedido foi protocolado em 12 de agosto e as aulas começaram no dia 16. O curso dela é no período noturno.
Na análise, o pedido para cursar a faculdade teve parecer contrário do Ministério Público, que alegou que não há como garantir a segurança da detenta. No entanto, segundo a Justiça, ela preenche todos os requisitos para que tivesse os estudos autorizados.
A faculdade Anhanguera, onde Suzane foi aprovada, disse que “trata diretamente com seus alunos, caso necessário, eventuais ações a respeito de sua frequência e desempenho escolar, pois trata-se de assunto de cunho particular”. A instituição também afirmou que “a matrícula da aluna foi autorizada pela Justiça” e “que oferece a todos tratamento igual, conforme determina a legislação brasileira”.
Suzane von Richthofen obteve a progressão do regime fechado para o semiaberto em outubro de 2015. A primeira saída dela aconteceu em março de 2016, beneficiada pela saída temporária de Páscoa.