PF prende consultor de Glaidson conhecido como ‘corretor das estrelas’

Michael de Souza Magno foi interceptado pela PF na Rodovia Castelo Branco, altura de Araçariguama (SP), a bordo de um Jaguar.

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A Polícia Federal (PF) prendeu na tarde desta terça-feira (12) Michael de Souza Magno, apontado como consultor de Glaidson Acácio dos Santos, o “faraó dos bitcoins”. Ambos tinham sido denunciados por fraude contra o sistema financeiro nacional, mas Michael era considerado foragido desde o mês passado, na Operação Kryptos II.

A notícia da prisão de Michael foi antecipada pelo jornal “Extra” e confirmada pelo g1. O consultor, também conhecido como “corretor das estrelas”, foi interceptado pela PF na Rodovia Castelo Branco, altura de Araçariguama (SP), a bordo de um Jaguar. Ele seria transferido para o Rio nesta quarta-feira (13).

Michael ficou conhecido no eixo Rio-São Paulo por aparecer em fotos ao lado de artistas para os quais já teria vendido imóveis. No fim do mês passado, o g1 mostrou uma conversa interceptada com autorização da Justiça em que Michael se gabava de aportes de R$ 2 bilhões por hora no esquema ilegal de bitcoins alvo da força-tarefa da Kryptos.

A uma interlocutora, Michael também se disse tranquilo sobre possíveis bloqueios judiciais.

“Ah, se bloquearam as contas? Hoje não, risco nenhum, em conta nenhuma. Eles olham e não tem dinheiro”, disse Michael.

“De dez em dez minutos, entra uma menina na conta do Banco do Brasil e transforma todo o saldo que tem em criptomoedas.

O telefonema foi dado dias antes da Operação Kryptos, que prendeu Glaidson e um sócio, Tunay Pereira, em 25 de agosto.

Policiais e procuradores suspeitam ainda que Glaidson e seus sócios no mercado de criptomoedas abriram contas e empresas em outros países. As operações não foram declaradas à Receita Federal.

A suspeita é que o dinheiro usado seja de pessoas que aplicaram na empresa esperando lucros com a compra de criptomoedas. A força-tarefa concentra as investigações nos Estados Unidos, Emirados Árabes, Portugal, Uruguai, Colômbia e Malta.

Glaidson está preso no complexo penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Ele e mais 21 pessoas foram indiciadas pela PF por crime contra o sistema financeiro e organização criminosa.

De acordo com as investigações, Glaidson começou a investir em criptomoedas em 2015, incentivado pela mulher, a venezuelana Mirelis Zerpa.

Em 2017, passou a adquirir joias. Em 2018, viajou a Israel, Itália e Portugal.

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