Polícia Civil prende autor de tortura e cárcere privado contra funcionário de empresa na região Oeste de MT

Crime ocorreu em setembro, quando a vítima foi abordada por criminosos e levada a uma fazenda, onde foi torturada e ameaçada

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Policiais civis cumpriram nesta quarta-feira (20.10), em uma fazenda no município de Vale do São Domingos, na região Oeste do estado, o mandado de prisão contra um homem de 37 anos, investigado pelos crimes de tortura, sequestro e cárcere privado, que envolvem grilagem de terras na região.

Contra o alvo da prisão foi cumprido também mandado de busca, que resultou na apreensão de quatro armas de fogo, duas delas de pressão, mas adaptadas, além de luneta, munições. As ordens judiciais foram executadas por equipes das Delegacias de Pontes e Lacerda e de Jauru.

Outro funcionário da fazenda foi preso por posse ilegal de arma de fogo e contra ele foi constatado um mandado de prisão preventiva oriundo da Comarca de Ji-Paraná (RO).

Crime

Conforme a apuração realizada pela equipe de investigação da Delegacia de Pontes e Lacerda, no dia 09 de setembro deste ano, a vítima, de 44 anos, voltava por uma estrada rural quando foi abordada por duas pessoas. Armados com uma carabina e um revólver, os suspeitos realizaram disparos contra o veículo e próximo da vítima, a obrigando a parar e fazendo ameaças, de que estavam há tempos procurando pela vítima.

Em seguida, os suspeitos mandaram a vítima deitar no chão e lhe amarraram os braços, a conduzindo em seguida para a fazenda onde foram cumpridas as buscas nesta quarta-feira.

Na propriedade, a vítima permaneceu amarrada pelos braços e pernas a noite toda e a todo momento, os suspeitos apontavam uma arma de fogo e faziam ameaças de morte.

Posteriormente, a vítima foi levada até outro local, onde havia sinal de celular, e os suspeitos fizeram contato com outra pessoa. Depois, fizeram dois disparos próximos à cabeça da vítima que, em seguida, sofreu novas ameaças de morte e tortura, inclusive contra sua família.

No dia seguinte, por volta das 15 horas, a vítima foi liberada do cárcere privado e procurou a Polícia Civil, informando que trabalha há vários anos na região e não havia passado anteriormente por nenhuma situação semelhante.

A partir das informações coletadas, o delegado Marlon Luz representou pelas medidas judiciais, necessárias para coletar novos elementos que vão subsidiar o inquérito sobre  prática dos crimes de tortura, sequestro e cárcere privado, além do possível envolvimento de outras pessoas.

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