Cuiabá e 64 cidades têm alerta de temporais nesta semana

Ventos devem ser intensos, entre 60 e 100 km por hora e queda de granizo

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de risco de tempestade para 65 cidades de Mato Grosso, incluindo Várzea Grande, Tangará da Serra, Rondonópolis e Cuiabá. O aviso é valido ate às 10h desta segunda-feira (25).

A previsão é de chuva entre 30 e 60 milímetros por hora ou 50 e 100 milímetros por dia, considerada uma chuva volumosa.

Os ventos devem ser intensos, entre 60 e 100 km por hora e queda de granizo. Risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos.

“Sobre esse alerta de tempestade, essa chuva surge em função de uma frente fria que caminhou sobre o Oceano Atlântico e Sul do Brasil no interior do continente. Hoje chegou a Mato Grosso do Sul, temos o que chamamos de repercussão pré-frontal. Essa frente fria contribui com a chegada de ar úmido do Oceano Atlântico e um ar mais frio vindo do Sul, tendo esse contato com nossa atmosfera mais aquecida, gerando formação de nuvens e precipitações”, diz o climatologista Jose Carlos Ugeda.

Nesse domingo (24), houve chuva de 14,6 mm em Cuiabá, com rajadas de vento de até 49km/h entre as 11h e 14h. Em Várzea Grande, a chuva foi mais intensa, com 26 mm, segundo o 9º Distrito Meteorológico de Várzea Grande.

Houve tempestades de poeira em Tangará da Serra e Rondonópolis.

Tempestades de areia

Segundo o Inmet, essas tempestades de poeira que têm acontecido no Brasil ocorrem predominantemente no período chuvoso, isso porque temos uma superfície ainda bastante seca, são as primeiras chuvas dessa estação chuvosa.

Normalmente essas chuvas tendem a acontecer com maior turbulência, com maior velocidade e energia, justamente porque a superfície esta seca e tende a estar mais aquecida.

Conforme as chuvas vão avançando, a superfície vai ficando úmida, há mais fluxo de calor latente, então isso vai diminuindo essa turbulência. Com a superfície também úmida, teremos a diminuição do particulado sólido em suspensão (poeira, pólen), diminuindo as ‘tempestades de poeira’.

O fenômeno é uma elevação significativa de particulados sólidos em suspensão, predominantemente areia, mas também pólen e outras partículas solidas que ficam em suspensão no ar. Isso é comum, mas nos últimos anos temos verificado o aumento desse fenômeno.

Isso pode se dever, principalmente, há um período seco prolongado que passamos no ano passado e neste, nossa região teve uma redução da precipitação, o que deixa a superfície mais seca, com mais poeira e materiais particulados, que nessas primeiras chuvas vão mobilizar esses particulados sólidos.

Isso também se da em função das atividades que se fazem nas superfícies. Então, são áreas agrícolas, onde temos o solo exposto nessa época do ano, é início do plantio em algumas áreas e isso tende a desagregar mais material particulado.

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