Vereadora aciona presidente da Câmara na PC por “violência política” em Cuiabá

Michely Alencar alega que está sendo maltratada por Juca do Guaraná

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A vereadora de Cuiabá Michelly Alencar (DEM) registrou nesta sexta-feira (5) um boletim de ocorrência contra o presidente da Câmara Municipal, vereador Juca do Guaraná (MDB), por ter sido interrompida e o direito de fala na tribuna cerceado pelo parlamentar, durante sessão desta quinta-feira (4). A confusão aconteceu durante a votação do pedido de abertura de comissão processante para investigar o prefeito afastado de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), acusado de participação em um esquema de fraudes na saúde do município.

Juca do Guaraná foi procurado pelo g1, mas ainda retornou. Na quinta-feira, ao final da sessão, o presidente reconheceu que errou e pediu desculpas à vereadora. A parlamentar baseou a denúncia na Lei 14.192, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em agosto deste ano, que busca combater e punir a violência política contra mulheres, inserindo novas normas no Código Eleitoral e na Lei das Eleições. O dispositivo prevê pena de um ano e quatro meses para quem praticar violência política contra a mulher. No boletim, a vereadora narra que estava na sessão por volta das 11h, desta quinta, conta que foi citada pelo vereador Sargento Vidal, mas não teve o direito de responder a acusação feita pelo parlamentar.Vidal acusou Michelly de usar as redes sociais para cometer crime contra a honra dos parlamentares. Conta que quando pediu a palavra por ter sido citada, não lhe foi garantido o direito, ao contrário, teria sido interrompida, silenciada e ainda chamada de histérica pelo presidente da Casa.

Na acusação que registro contra Juca do Guaraná, a vereadora expôs as principais falas do presidente. “Não estou te calando vereadora, estou apenas seguindo o regimento” e “vereadora, não adianta a senhora ficar histérica como uma menina que perdeu um doce”, estão presentes no boletim.

A vereadora destaca que a sessão foi suspensa, após a declaração ter sido negada. Lembra ainda que o presidente da Câmara alegou ser corriqueira discussão desta natureza entre os parlamentares.

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