Apesar do alívio que o início do período chuvoso trouxe, é preciso se atentar a um problema intensificado pela nova fase meteorológica: o aumento dos casos de dengue Zika Vírus e Chicungunya. Com previsão de mais precipitações de chuvas previstas para este mês e dezembro, a Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande estima crescimento dos registros da doença, que tem caráter sazonal. A prevenção é a eliminação de criadouros nas casas.
“Em tempo de chuvas os cuidados devem ser redobrados, com atenção especial a possíveis depósitos de água em pneus, garrafas e outros recipientes capazes de se tornar focos de proliferação para o mosquito Aedes aegypti. Aquela simples tampinha de garrafa pet, esquecida no quintal de casa por alguns dias recebendo sol e chuva, pode se transformar em um criadouro de mosquitos Aedes aegypti – transmissores da Dengue, Zika, Chicungunya “, alertou a Superintendente de Vigilância em Saúde Relva Cristina de Moura.
Segundo dados da Vigilância Epidemiológica de Várzea Grande, as residências habitadas são responsáveis por 80% dos criadouros dos mosquitos, adaptados para a colocação dos ovos em qualquer recipiente que possa acumular água, até mesmo nos secos. “A condição é um alerta para que a população não descuide dos quintais e áreas especialmente com a chegada das chuvas e altas temperaturas”, afirmou a superintendente.
Segundo ainda os dados da Vigilância Epidemiológica de 1º de janeiro ao dia 11 de novembro deste ano, Várzea Grande notificou 255 casos de Dengue, 18 notificações de Chicungunya e 9 de Zika Vírus.
“A tendência é aumentar se a população não se engajar na eliminação dos criadouros em suas casas. Temos intensificado, as ações das visitações de casa em casa, pelos agentes comunitários de saúde e endemias, para as orientações e aplicação in loco de produtos químicos, específicos para eliminação de criadouros. Outra situação a ser observada é a de que não são apenas nos grandes recipientes que os mosquitos colocam os ovos. As tampas, lonas, pedaços plásticos – inclusive embalagens, além das garrafas, pneus e os pratos de plantas, que acumulam água, devem ser eliminados da residência, pois servem de criadouro. Com as chuvas e a temperatura em elevação, o ciclo para eclodir os ovos é reduzido e de 7 a 11 dias novos mosquitos estarão voando e podendo transmitir as doenças na nossa população”, alerta relva.
Para evitar os riscos, a Vigilância Epidemiológica , orienta a população da cidade , a verificação sistemática dos espaços externos e internos da residência, do local de trabalho, para o descarte de qualquer material inservível que possa acumular água, limpeza com água, bucha e sabão dos bebedouros dos animais, além da verificação dos ralos, calhas e caixas d´água para evitar que estejam abertas ou entupidas. No caso dos ralos, o uso de telas também colabora para evitar o acesso dos animais peçonhentos, por exemplo, escorpiões, cobras, para o interior do imóvel, que também surgem com as chuvas frequentes.
Sobre a Doença: A transmissão da dengue acontece através da picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti, que provoca sintomas como dor nas articulações, no corpo, na cabeça, náuseas, febre acima de 39ºC e manchas vermelhas no corpo.
As picadas pelo mosquito da dengue acontecem geralmente nas primeiras horas da manhã ou no final da tarde, especialmente na região das pernas, tornozelos ou pés. Além disso, a sua picada é mais comum durante o verão, sendo por isso recomendado usar repelentes no corpo e inseticidas na casa, para proteção.
A prevenção da dengue pode ser feita com práticas simples que evitam, principalmente, a reprodução do mosquito transmissor, através da eliminação de objetos que acumulem água parada como pneus, garrafas e plantas, nas casas.