Morreu ontem, segunda-feira (24) o escritor e professor Olavo de Carvalho, aos 74 anos, em Richmond, na Virginia (EUA). A informação foi confirmada em uma nota de falecimento publicada no Twitter de Olavo.
O guru bolsonarista havia sido diagnosticado com Covid-19 e chegou a cancelar a transmissão de suas aulas online. Olavo fazia parte do grupo de risco para a doença.
No último dia 9, havia surgido um rumor nas redes sociais de que o escritor teria morrido. A própria filha de Olavo, Heloísa de Carvalho, que cortou relações com o pai, escreveu que havia recebido a informação de que ele havia falecido.
“Acabaram de me falar que parece que o Olavão faleceu, gente eu não sei, não falo com absolutamente nenhum parente Carvalho”, escreveu Heloísa no Twitter.
No entanto, Paulo Figueiredo Filho, neto do general João Batista Figueiredo – que foi presidente entre 1979 e 1985 -, publicou em sua conta no Twitter que essa informação é falsa. Desde o início da pandemia, Olavo questiona a gravidade dela.
Negacionista
Em várias oportunidades, Olavo de Carvalho negou a ciência, diminuiu a gravidade da pandemia e da Covid-19, chegou a chamar o coronavírus de “vírus chinês”.
Em maio de 2020, ele escreveu: “O medo de um suposto vírus mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e fazê-la aceitar a escravidão como um presente de Papai Noel.”
Em abril de 2020, o escritor disse: “Essa campanha para nos “proteger da pandemia” é o mais vasto e mais sórdido crime já cometido contra a espécie humana inteira.”
Ainda em abril de 2020, o escritor disseminou fake news ao insinuar que o coronavírus seria um “vírus chinês” e que não seria um acidente.
“Só um perfeito idiota pode imaginar que a disseminação do vírus chinês no mundo foi um acidente. Mas o Ocidente está repleto de perfeitos idiotas, diante dos quais os chineses têm um justificado senso de superioridade”, escreveu.
Em julho do mesmo ano, Olavo questionou quando conservadores parariam de usar o termo “pandemia” para se referir à pandemia de Covid-19. “Quando é que os ditos “conservadores” vão parar de usar o termo “pandemia”?”, escreveu em seu Twitter.
Em janeiro de 2021, o escritor colocou em dúvida a mortalidade do coronavírus, que chamava de “mocoronga vírus”. “Dúvida cruel. O Vírus Mocoronga mata mesmo as pessoas ou só as ajuda a entrar nas estatísticas?”, disse