Mulher de Rowles seria usada como “laranja” para lavar dinheiro

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Por: MídiaNews

A Polícia Federal afirmou no inquérito da Operação Descobrimento que a mulher do lobista Rowles Magalhães, Joelma de Moraes Gomes Girotto, seria utilizada para “lavar dinheiro do tráfico”.

Rowles e mais seis pessoas foram presas no último dia 19 na ação. Outros 43 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Mato Grosso, Bahia, São Paulo, Rondônia, Pernambuco e Portugal.

A PF acusa a organização de tráfico internacional de cocaína para a Europa. Em fevereiro do ano passado foi descoberto um carregamento de 578 quilos de cocaína na fuselagem de um avião à jato que iria para Portugal.

Segundo a PF, em apenas um ano (entre 30 de março de 2020 a 25 de março de 2021), houve movimentações atípicas da ordem de R$ 3.955.662,00 em uma conta corrente de titularidade de Joelma Girotto.

“Chama atenção o fato do cadastro de Joelma junto ao Banco constar que ela é aposentada ou pensionista com rendimentos de R$ 3.157,67”, diz a PF.

Em um de seus relatórios, a Polícia Federal acusa Rowles de ser membro do primeiro escalão da organização criminosa – e de Joelma Girotto de suposta prática do crime de lavagem de capitais

“Isso em razão da aquisição de um imóvel por Rowles Magalhães, com dinheiro oriundo, em tese, do tráfico de drogas, e registrado em nome Joelma Moraes Gomes. Apurou-se ainda que Joelma também foi beneficiada com transferências bancárias frequentes, realizadas a pedido de Rowles, conforme demonstrado no relatório policial”, diz trecho da decisão da Justiça Federal que deflagrou a operação.

“Joelma, portanto, supostamente servia como uma espécie de ‘laranja’ para que Rowles Magalhães da Silva lavasse dinheiro oriundo do tráfico”, completou.

Segundo a Polícia Federal, Joelma também organiza, juntamente com Ricardo Agostinho, os voos internacionais do Brasil à Europa para o tráfico de entorpecentes.

Apesar das evidências na participação dos crimes apontados, a Justiça Federal decidiu não conceder prisão temporária a Joelma.

“Não obstante eu reconheça a presença de fortes indícios de materialidade, bem como o envolvimento de cada um deles na organização criminosa, vejo que as investigações sobre esta operação já se encontram bastante avançadas. Não vislumbro, no caso, o requisito da imprescindibilidade, ou seja, a prisão temporária de Joelma de Moraes Gomes Girotto não se faz imprescindível para as investigações, haja vista a existência de diversos outros elementos de prova já reunidos nos autos”, decretou a Justiça Federal.

Veja fac-símile de trecho do inquérito da PF:

 

joelma pf

 

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