O presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou nesta sexta-feira (29), durante entrevista à rádio Metrópole FM, que irá apoiar as candidaturas à reeleição do governador Mauro Mendes (UB) e do senador Wellington Fagundes (PL). O chefe do Palácio do Planalto, que esteve em Cuiabá na semana passada, afirmou que nem discute o caso do parlamentar, por serem do mesmo partido, e que aparou as arestas que tinha com o comandante do Palácio Paiaguás.
Bolsonaro afirmou que Mato Grosso é um estado importantíssimo para o Brasil e que a harmonia entre ele e Mauro Mendes interessa para todo mundo. Ele revelou que os dois tiveram divergências, principalmente no período entre 2020 e 2021, agravado por conta da pandemia de Covid-19.
No entanto, o presidente disse que conversou com o governador durante sua visita à Cuiabá, na última semana, e que ambos selaram a paz. “Havia algum atrito, o que é natural acontecer. Surgiu durante a pandemia. Estive há pouco tempo em Mato Grosso e conversei com o Mauro Mendes. Ele me acompanhou e falei pra tocarmos o barco juntos. Tem também o Wellington, na nossa chapa para o Senado, e da minha parte, com o governador está tudo resolvido. Não tem atrito entre nós e estamos em paz. Estamos fechados e vamos tocar o barco. Comigo e com o governador está tudo 100%”, apontou.
Em relação a seu apoio para o Senado, Bolsonaro foi enfático e disse que não apoiará outro nome que não seja o de Wellington Fagundes. Ele afirmou que situação semelhante se dá no Rio de Janeiro, com a candidatura de Romário.
NERI SEPULTADO
O presidente disse que ambos, por serem do partido e estarem em final de mandato, tem a prioridade de se lançarem à reeleição. Ele afirmou que, por serem do mesmo partido, nem cogita a possibilidade de apoiar nomes que não sejam do PL.
Com a afirmação, Bolsonaro praticamente “sepulta” o projeto político do deputado federal Neri Geller (PP), que deseja disputar o Senado. “O caso de Mato Grosso a gente nem discute, sobre ter alguém melhor que o Wellington. Pra mim, ele é importantíssimo no Senado e tem votado com a gente em tudo e há um excelente entendimento entre nós. O partido está fechado e não entro nessa questão. Eu fui para o partido e conversei com o Valdemar. Ele tem seus compromissos e em alguns estados o eleitor fica chateado e pergunta porque algum nome específico é candidato ao Governo ou ao Senado. Aí tem o interesse nosso aqui em uma bancada de federal e Senado. Governador, a gente compõe, como fizemos com o Mauro Mendes. Nem tudo é como a gente quer ou gosta”, afirmou.