Banco Mundial: crescimento global deve cair para 2,9% este ano

Previsão é que passe de 5,7% em 2021 para 2,9%

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Brasília - O Banco do Brasil vai fechar agências bancárias, ampliar o atendimento digital, lançar um plano de aposentadoria incentivada e propor redução de jornada de trabalho para parte dos funcionários (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Banco Mundial prevê que o crescimento global caia de 5,7%, em 2021, para 2,9% este ano, “significativamente abaixo” dos 4,1% previstos em janeiro. A instituição alerta para o risco de um cenário adicional de estagflação.

No relatório Perspectivas Econômicas Globais (Global Economic Prospects), divulgado hoje (7), o Banco Mundial estima que o crescimento global se mantenha nesse ritmo em 2023-24, à medida que a guerra na Ucrânia interrompe a atividade econômica, o investimento e o comércio a curto prazo e a procura acumulada se reduza.

“Como resultado dos danos causados pela pandemia e pela guerra, o nível de rendimento per capita nas economias em desenvolvimento ficará este ano quase 5% abaixo da tendência pré-pandemia”, antecipa.

No relatório, o Banco Mundial alerta ainda para o “risco aumentado de estagflação, com as consequências potencialmente prejudiciais para as economias com rendimentos médios e baixos” que este cenário de fraco crescimento econômico e inflação elevada acarreta.

“Agravando os danos da pandemia de covid-19, a invasão russa da Ucrânia ampliou a desaceleração da economia global, que está entrando no que pode se tornar um período prolongado de crescimento fraco e inflação elevada”.

De acordo com o presidente do Grupo Banco Mundial, David Malpass, “a guerra na Ucrânia, os confinamentos na China, as interrupções na cadeia de abastecimento e o risco de estagflação estão a penalizar o crescimento” e, “para muitos países, a recessão será difícil de evitar”.

“Os mercados olham para o futuro, por isso é urgente incentivar a produção e evitar restrições comerciais. São necessárias mudanças na política fiscal, monetária, climática e da dívida para combater a má alocação de capital e a desigualdade”, acrescenta.

O relatório de junho das Perspetivas Econômicas Globais do Banco Mundial faz a primeira avaliação sistemática de como as condições econômicas atuais se comparam com a estagflação da década de 70, dando ênfase ao impacto que pode ter nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento.

A recuperação da estagflação da década de 70 exigiu significativos aumentos das taxas de juro nas principais economias desenvolvidas, que desempenharam papel fundamental no desencadear de uma série de crises financeiras nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento.

“Os mercados olham para o futuro, por isso é urgente incentivar a produção e evitar restrições comerciais. São necessárias mudanças na política fiscal, monetária, climática e da dívida para combater a má alocação de capital e a desigualdade”, acrescenta.

O relatório de junho do Banco Mundial faz a primeira avaliação sistemática de como as condições atuais se comparam às da década de 70, com ênfase no impacto que a estagflação pode ter nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento.

A recuperação da estagflação da década de 70 exigiu significativos aumentos das taxas de juro nas principais economias desenvolvidas, que desempenharam papel proeminente no desencadear de uma série de crises financeiras nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento.

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