A Câmara Federal aprovou nesta quarta-feira (7) o projeto de lei que prevê abater cerca de R$ 60 bilhões nas contas de energia elétrica dos consumidores de todo o país. O montante é referente aos impostos de PIS/Cofins e ICMS, que são pagos pelos usuários às concessionárias.
Na semana passada, o projeto já havia sido aprovado pelo Senado Federal, e agora segue para sanção do presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Agora, a proposta especifica os procedimentos para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aplicar a regra.
Conforme a proposta, apresentada pelos senadores por Mato Grosso Fábio Garcia (União Brasil) e Wellington Fagundes (PL), a Aneel deve fazer a destinação integral dos valores, após habilitação perante a Receita Federal.
Ainda de acordo com o texto aprovado, a agência deverá destinar integralmente os valores aos usuários e fazer uma revisão tarifária extraordinária para direcionar os créditos assim que a lei for sancionada. A medida tenta frear a alta no valor da energia elétrica.
Em abril chegou ao fim a bandeira tarifária da escassez hídrica, que cobrava uma taxa extra de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh).
A expectativa era que a conta de luz fosse reduzir, porém, a concessionária de energia elétrica de Mato Grosso, a Energisa, aplicou um reajuste médio de 22,55% autorizado pela Aneel, e as tarifas residenciais tiveram redução de 0,04% no estado. Ou seja, o consumidor final não sentiu quase nada no bolso.