O governador Mauro Mendes (União Brasil) classificou como “inadequada” e “proposta em momento inoportuno” a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) conhecida como Kamikaze, que tramita no Congresso Nacional,
A PEC cria um vale para caminhoneiros e taxistas, dobra o valor do Auxílio Gás e amplia o Auxílio Brasil para R$ 600 até o fim do ano, a um custo estimado em R$ 41,25 bilhões aos cofres da União. A medida foi aprovada na Câmara Federal na quarta-feira (13) e segue para o Senado.
Para Mendes, a medida só poderia ser vista com aprovação caso o benefício fosse duradouro e fora do período eleitoral.
“Fazer uma mudança de regra a 90 dias das eleições, não parece bom, nem adequado. A assistência por um período tão curto também não parece algo muito adequado, principalmente porque o Brasil não está mais ‘naquela dificuldade’”
Hoje, grande parte do território brasileiro tem desemprego em queda. Se fosse um programa continuado de assistência, ok. Eu apoiaria. Mas, um programa momentâneo, próximo as eleição, não me parece adequado”, acrescentou.
Sem crítica a Bolsonaro
Mendes negou que a crítica à PEC esteja relacionada ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que apoia a medida. Os benefícios são vistos como uma tentativa de melhorar o desempenho de Bolsonaro nas eleições deste ano.
“Uma emenda constitucional tem início e fim no Congresso Nacional. Óbvio que o Governo, e não podemos ser ingênuos, está apoiando. Mas eu vejo [a PEC] com uma certa reticência. Não posso deixar de ver isso”, disse.
“E se eu estou na política e não puder dizer aquilo que penso… Eu tenho direito de concordar ou discordar de aliados, assim como meus aliados tem direito de fazer isso, desde que sempre o façamos de maneira responsável e coerente”, concluiu o Governador