Colunistas do analisam o desempenho dos candidatos no debate

na Flor, Andréia Sadi, Gerson Camarotti, Julia Duailibi, Natuza Nery, Octávio Guedes e Valdo Cruz destacam que Lula foi mal no tema corrupção, e Bolsonaro derrapou em relação às mulheres.

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O primeiro debate das eleições de 2022 realizado no domingo (29) foi marcado por trocas de acusações entre Lula e Jair Bolsonaro , principais alvos dos demais candidatos à presidência da República, e pelo protagonismo das mulheres, avaliaram colunistas do g1 e da Globonews.

Lula evitou uma resposta direta aos questionamentos de Bolsonaro sobre os escândalos de corrupção em seu governo. Já o presidente fez ‘gol contra’ ao atacar a jornalista Vera Magalhães.

O descontrole de Bolsonaro abriu caminho para que Simone Tebet e Soraya Thronicke criticassem as posturas do presidente, que tem rejeição acima de 50% entre o eleitorado feminino, segundo pesquisa do Datafolha.

As candidatas somam menos de 5% das intenções de voto, mas ganharam espaço após os ataques de Bolsonaro.

Andréia Sadi

Bolsonaro fez ‘gol contra’ ao atacar as mulheres mais uma vez, disse a colunista da Globonews Andréia Sadi. A meta do QG bolsonarista era associar Lula aos casos de corrupção – e vinha bem-sucedido – até o presidente “mudar a rota” e perder a compostura com a jornalista Vera Magalhães.

Já Lula perdeu a oportunidade de rebater as acusações de Bolsonaro sobre os casos de corrupção no governo do petista, admitiram bastidores da campanha do ex-presidente.

Octavio Guedes

Para o colunista Octavio Guedes, Lula se mostrou pouco à vontade ao “tirar o time de campo” diante das perguntas do adversário sobre corrupção.

O ex-presidente optou por listar os benefícios de seu governo para os mais pobres. “Uma estratégia arriscada, porque passa a sensação de que está fugindo do debate”, avaliou Guedes.

Ana Flor

“Debates conseguem desmontar estratégias de marqueteiros porque fazem o candidato quase sempre falar o que realmente pensa”, explicou a colunista Ana Flor. Ao atacar mulheres, Bolsonaro acabou prejudicando seus esforços de campanha para diminuir sua rejeição entre o público feminino – hoje acima de 50%, segundo pesquisa Datafolha.

Julia Duailibi

Os erros dos candidatos líderes nas pesquisas renderam a Simone Tebet e Soraya Thronicke maior destaque e protagonismo no debate, avaliou Julia Duailibi. As candidatas foram elogiadas em grupos monitorados com eleitoras mulheres de baixa renda e de classe média.

Valdo Cruz

Assim como Simone Tebet e Soraya Thronicke, o candidato Ciro Gomes seguiu a mesma estratégia para furar a polarização, e não aceitou os acenos de Lula para atrair seu apoio.

O petista elogiou o oponente durante o debate, mas também o criticou pela decisão de ir para Paris no final da campanha de 2018. Ciro manteve os ataques a Lula e Bolsonaro.

“Até agora, porém, o candidato do PDT não tem lançado gestos na direção de apoiar o ex-presidente num eventual segundo turno caso ele não vá para a fase da eleição. Lula, no entanto, tem recebido nos bastidores sinalizações de pedetistas de que o PDT pode apoiá-lo em um segundo turno.”

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