O deputado estadual Romoaldo Júnior (MDB) sofreu um princípio de infarto nesta quinta-feira (28) e foi levado às pressas para o Hospital Amecor, em Cuiabá. Ele passou mal quando estava na Assembleia Legislativa, por volta das 13h30.
O parlamentar está internado num leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e deverá ser submetido a uma cirurgia de emergência ainda nesta sexta-feira (29).
Apesar de estar na UTI, o quadro de saúde do deputado é considerado estável, conforme informou seu irmão Juliano Jorge, presidente da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat).
Romoaldo já tem histórico de problema cardíaco. Em dezembro de 2014 ele foi levado para São Paulo onde foi submetido a um submetido a um procedimento de implantação de três stents no coração.
Nesta quinta-feira, o deputado passou por intenso debate na sessão plenária da Assembleia. Vice-líder do Governo, ele fez um pronunciamento contundente na defesa do projeto que prevê um empréstimo de US$ 332 milhões pelo Governo do Estado junto ao Banco Mundial.
SUPLÊNCIA E PROCESSO
Nas eleições de 2018, Romoaldo não conseguiu ser reeleito, ficando na condição de suplente. Atualmente, ele exerce mandato eletivo na vaga do deputado Allan Kardec (PDT) que foi reeleito, mas se licenciou para exercer a função de secretário estadual de Cultura, Esporte e Lazer no staff do democrata Mauro Mendes.
Há duas semanas, o Ministério Público Estadual ingressou com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra Romoaldo pedindo seu afastamento do cargo da Assembleia Legislativa.
Argumentou que a medida seria necessária para evitar que ele utilize de facilidades inerentes ao cargo para forjar provas, ou intimidar servidores públicos e subordinados.
No entanto, o pedido de afastamento foi negado pelo juiz Bruno D´Oliveira Marques, que por outro lado decretou a indisponibilidade de bens do parlamentar visando o ressarcimento ao erário em caso de condenação futura.
A denúncia e a ação por improbidade são desdobramentos da Operação Ventríoloquo na qual Romoaldo e mais 15 pessoas são acusados de desviar R$ 9,4 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa.
De acordo com o Ministério Público, o esquema foi operado através de pagamentos superfaturados ao banco HSBC, pela contratação de seguros aos servidores da Casa, na época em que José Riva era o presidente na década de 90.