Atualizado por Folhamax
O escritório do grupo empresarial do ex-deputado estadual Zeca Viana (PDT) é um dos alvos da Polícia Federal no município de Primavera do Leste (231 Km de Cuiabá). Os agentes cumprem mandados judiciais nesta quarta-feira (3) na segunda fase da Operação Tamareira, que investiga crimes de lavagem de dinheiro e contrabando e Mato Grosso, São Paulo e Paraná.
Os agentes visitaram o imóvel situado na Avenida São Paulo, nas proximidades do Parque Industrial de Primavera do Leste. Ainda conforme apurações junto a uma fonte, Zeca Viana usa o mesmo estabelecimento, mas não estaria envolvido no esquema investigado.
A reportagem contatou o ex-deputado e também a empresa dele, mas até o momento não obteve um posicionamento. Conforme a assessoria da Polícia Federal, a Justiça decretou o sequestro de bens em 11 fazendas de Primavera do Leste, cujos valores estimados ultrapassam R$ 250 milhões.
Os mandados foram decretados pela 5ª Vara Federal de Mato Grosso e as investigações ocorrem em parceria entre a PF e a Receita Federal. O Grupo Viana recorreu à Justiça em fevereiro deste ano pleiteando recuperação judicial e declarou ter uma dívida de R$ 311,6 milhões.
O pedido foi acatado pelo juiz Fabrício Sávio da Veiga Carlota, da 2ª Vara Cível de Primavera do Leste. No entanto, houve contestações e recursos impetrados por credores junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso resultando na suspensão da recuperação por determinação do desembargador Rubens de Oliveira.
A empresa recorreu e obteve decisão favorável no começo de março para restabelecer a recuperação judicial. Atualmente, após recursos impetrados pelo Grupo Viana e por credores, a recuperação continua suspensa por decisão do TJ.
Manhã:
A Polícia Federal, em ação integrada com a Receita Federal, cumpre nesta quarta-feira (3) treze mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, São Paulo e no Paraná.
A investigação apura supostos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas de recursos provenientes de contrabando, descaminho e outros ilícitos.
A Receita Federal realiza ainda fiscalização em empresas associadas ao grupo investigado.
Os mandados foram expedidos pela 5° Vara Federal de Mato Grosso, que determinou, ainda, o sequestro de onze fazendas no Estado, cujos valores estimados ultrapassam R$ 250 milhões.
As investigações seguem em segredo de justiça.
Veja a íntegra da nota da CBM Brasil Exportação e Importação:
“A CBM Brasil Exportação e Importação de Cereais Ltda esclarece aos seus clientes e parceiros que em data pretérita adquiriu produtos do Grupo Fadak.
Na data de hoje (03/04/2019), via diligência de agentes da Polícia Federal e da Receita Federal em sua sede, a CBM Brasil tomou conhecimento que o Grupo Fadak é investigado por tais instituições, as quais buscaram junto a esta empresa informações sobre tal aquisição.
A CBM Brasil informa ainda que não tem conhecimento do conteúdo da investigação, porém contribuiu com a referida diligência fornecendo todas as informações solicitadas.
CBM Brasil Exportação e Importação de Cereais Ltda”
Atenciosamente,
Veja nota de esclarecimento da empresa Ouro Verde Produção Agrícola Ltda:
“Compromissada com a verdade e transparência, a Ouro Verde Produção Agrícola Ltda vem através desta nota esclarecer aos seus clientes, parceiros e a quem possa interessar que a diligência realizada pelas Polícia Federal e Receita Federal na manhã de hoje (03/04/2019) não teve como destinatária a Ouro Verde, mas sim a empresa CBM Brasil Exportação e Importação de Cereais Ltda.
Segundo informações, a referida diligência não tem relação direta com a CBM, trata-se apenas de busca de informações sobre a compra de produto feita pela CBM junto ao Grupo Fadak (Grupo este objeto da investigação).
Ouro Verde Produção Agrícola Ltda”