O senador Jayme Campos (União Campos) criticou os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que realizam os bloqueios de rodovias desde o último domingo (30). A ação se deve a vitória de Lula (PT) no segundo turno das eleições presidenciais.
O congressista classificou os atos como “evento anarquista” e defendeu a intervenção de policiais militares como forma de desobstrução das vias.
“É o mínimo que tem que se fazer [intervenção da PM]. Caso contrário é desobediência civil. Me parece que estou vendo aí um evento anarquista. Não é um movimento de fato de segmento, de classe. Não tem comando”, afirmou.
Os bolsonaristas já bloquearam ao menos 25 trechos das estradas – federais e estaduais – de todo Mato Grosso. Os protestos ocorrem em todo Brasil. No Estado, Bolsonaro teve a maioria dos votos, com 65,08% contra 34,92% de Lula.
“Eu vi umas imagens que você percebe, eventualmente, alguns vândalos estão interrompendo as rodovias federais do Brasil. É preciso reestabelecer a ordem no Brasil”, disse Jayme.
“E você faz muitas vezes no diálogo e entendimento. Todavia, quando não é possível, temos as ferramentas e instrumentos legais para cumprir o que a lei permite”, acrescentou.
Na análise de Jayme, a desobstrução das vias deve ocorrer em breve, sob pena de desabastecimento nos município.
Vai ser resolvido, não tenho dúvida. Até porque tem que ser respeitada a decisão do povo brasileiro, que já se decidiu sobre o presidente da República. Esse movimento não tem nenhum fundamento, na medida em que a sociedade brasileira precisa de união”, disse.
“Isso está trazendo diversos prejuízos para a população de uma maneira geral, não só para as atividades econômicas. Daqui a pouco começa o desabastecimento, como é o caso de Alta Floresta, que eu já tenho notícia de que está com dificuldade de diesel e outros produtos”, afirmou.
Em resposta ao movimento, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou na noite de segunda-feira (31) que as polícias militares podem atuar na desobstrução de rodovias bloqueadas “independentemente do lugar em que ocorram”.
Em uma decisão anterior, o ministro já havia determinado que o governo adote imediatamente “todas as medidas necessárias e suficientes” para o desbloqueio e o recolhimento dos números das placas dos caminhoneiros pela polícia para a aplicação de multa.
O governador Mauro Mendes (União) se reuniu na manhã desta terça-feira (1º) com o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamente, o chefe da Polícia Militar, Coronel Alexandre Mendes, o procurador-geral de Justiça José Antônio Borges e superintendente Francisco Élcio Lima Lucena.