Bolsonarista suspeito de incendiar caminhão em MT tem passagem por homicídio, diz PF

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Danilo José Ribeiro de Sousa, um dos suspeitos presos na última segunda-feira (21) pelo incêndio de um caminhão em Sinop, na região norte do Mato Grosso, tem uma passagem por homicídio, segundo a Polícia Federal.

Ele e o produtor rural Olair Correia foram identificados e presos pela Polícia Militar portando uma arma de fogo, galões de combustível, R$ 9,9 mil em dinheiro e outros artefatos utilizados para o cometimento do delito.

Ambos prestaram depoimento da delegacia da PF em Sinop e foram levados para a Penitenciária Osvaldo Florentino Leite Ferreira, na cidade.

Três caminhões foram queimados por terem passado bloqueios golpista, mas os presos são suspeitos apenas do incêndio provocado no perímetro urbano da cidade.

De acordo com a PF, não há ligação entre esse incêndio e os demais, acontecidos na BR-163, em Itaúba, que destruiu uma carreta carregada de milho e um caminhão-tanque. As investigações desses dois outros crimes prosseguirão.

A identificação dos dois suspeitos ocorreu em razão de um vídeo gravado por uma testemunha. As imagens registraram dois homens homens no entorno do caminhão, soltando a carroceria e ateando fogo.

Antes disso, eles renderam e sequestraram um funcionário da Via Brasil, administradora do trecho de BR-163. A vítima inspecionava a rodovia quando observou dois veículos parados no acostamento e uma das pessoas acenando. Era uma emboscada armada pelos bandidos, que sacaram uma arma e exigiram dele o uniforme que usava.

Uniformizado, o criminoso pegou o carro da concessionária e transitou por cerca de 2 km, trancando as duas pistas, impedindo assim a passagem de veículos. Na sequência, várias pessoas que estavam embaixo da ponte, com os rostos ocultos por capuzes, subiram e atearam fogo nos dois caminhões.

De acordo com os caminhoneiros, a ação foi muito rápida. Havia cerca de oito carros de suspeitos estacionados à margem do rio.

Olair era um participante ativo das manifestações e arrecadava recursos para financiar os atos. Há vídeos dele em redes sociais pedindo doações para alimentar os manifestantes.

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