PF investiga empresas de MT por aplicarem golpes na Caixa Econômica e gerar prejuízo de R$ 7,8 milhões à instituição

De acordo com a Polícia Federal, foram criadas cerca de 20 empresas 'fantasmas' somente para aplicar golpes por meio de empréstimos. Pelo menos um servidor da instituição participava do esquema.

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Uma operação da Polícia Federal investiga cerca de 20 empresas ‘fakes’ de Mato Grosso criadas especificamente para aplicar golpes contra a Caixa Econômica Federal e gerar um prejuízo de R$ 7,8 milhões à instituição financeira. Na manhã desta quinta-feira (24) foram cumpridos 18 mandados de busca e quatro de prisão durante a ‘Operação Dúplice’. As ordens judiciais, além de medidas de sequestro de bens, foram cumpridas em Cuiabá e Rondonópolis, a 218 km da capital.

O objetivo da operação é desarticular a atuação do grupo que criou empresas “fantasmas” para conseguir empréstimos com a instituição. Segundo a Polícia Federal, até o momento foram identificadas 20 empresas que faziam, em média, empréstimos de R$ 300 mil. Em uma das empresas foi constatados créditos de R$ 1,5 milhões.

A Caixa Econômica Federal informou por meio de nota que as informações sobre eventos criminosos nas unidades são repassadas exclusivamente às autoridades policiais e que coopera integralmente com as investigações dos órgãos competentes.

De acordo com a PF, a instituição teve um prejuízo de mais de R$ 7 milhões — Foto: Polícia Federal

De acordo com a PF, a instituição teve um prejuízo de mais de R$ 7 milhões — Foto: Polícia Federal

A investigação, que começou em junho deste ano, teve o auxílio da Caixa. Segundo a PF, intermediários produziam documentos falsos, inclusive declarações à Receita Federal, para ajudar na abertura de contas bancárias e conseguir os créditos.

No esquema, eram utilizadas empresas sediadas em um mesmo endereço que não tinham o funcionamento de qualquer atividade econômica. Os criminosos também utilizam diversas identidades falsas e “laranjas” como sócios dos empreendimentos “fantasmas”.

De acordo com a PF, em um dos casos houve a utilização dos dados biométricos de um que já havia morrido para a confecção de documentos falsos que foram utilizados para os empréstimos.

A Polícia Federal informou que o grupo contava com a ajuda de profissionais da área contábil e o envolvimento é evidenciado pela vinculação a inúmeras empresas que conseguiram créditos, além do envolvimento de, ao menos, um funcionário da Caixa.

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