Os prefeitos de Cláudia, Altamir Kurten (PSDB), e de Feliz Natal, José Antônio Dubiella (PSD), estão entre os alvos da Operação Desbaste deflagrada nesta quarta-feira (21) pelo força-tarefa ambiental do Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco).
A operação visa desarticular um grupo que é investigado por delitos na área ambiental em Mato Grosso.
Além dos prefeitos, 13 servidores da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) também estão entre os alvos. Eles foram afastados de suas funções (veja nomes abaixo).
As investigações apontam que os prefeitos eram os responsáveis por cooptar fazendeiros das regiões para integrar um esquema de fraude de licenciamentos ambientais e sistemas de controle ambiental (CC-Sema, Sisflora e Simlam).
Nesta manhã, foram cumpridas 37 ordens judiciais, sendo 20 mandados de buscas e apreensões e 17 medidas cautelares.
Os servidores da Sema afastados são: Victor Carneiro Pereira da Fonseca; Eunice Luna Falqueto; Flavio Hoescher da Sival; Floriano da Cunha Pinheiro; Huelton Lima da Silva; Jackson Monteiro de Medeiros; Jean Paulo Bahia de Oliveira; Joelson Lucas de Albuquerque; Ricardo Heinen Borges da Silva; Bruna Ribeiro de Oliveira; Ana Paula Alves Gondim; Eduardo Silva Penna e Ronnky Chaell Braga da Silva.
Na casa de um dos alvos, no interior do Estado, os agentes apreenderam mais de R$ 100 mil em espécie.
Em Cuiabá, um dos mandados foi cumprido no condomínio Florais do Vale. Já outro foi no edifício NYC, no bairro Jardim das Américas.
A força-tarefa ambiental do Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco) encontrou R$ 116 mil em espécie na casa do prefeito de Cláudia, Altamir Kurten (PSDB).
Ele é um dos alvos da Operação Desbaste, deflagrada nesta quinta-feira (21) para investigar um grupo que supostamente pratica delitos na área ambiental em Mato Grosso.
Além das notas, foram encontradas diversas folhas de cheques.
Os mandados são cumpridos nos municípios de Cuiabá, Sinop, Cláudia, Santa Carmem, Feliz Natal, Alta Floresta e Colniza. Os alvos são pessoas físicas responsáveis por, em tese, operar o esquema de fraudes na gestão florestal.