A Central de Abastecimento do Estado (Ceasa), autarquia estadual que emprega 15 pessoas, será extinta por determinação do governador Mauro Mendes (DEM). O decreto assinado pelo gestor e publicado no Diário Oficial do Estado que circula nesta terça-feira (30), só confirma uma promessa feita pelo governador durante a campanha eleitoral de 2018 quando classificou a Ceasa de “balcão de empregos”.
O atual diretor-presidente da Ceasa, Nivaldo de Almeida Carvalho Júnior, foi nomeado como liquidante. Sua remuneração mensal será a mesma recebida como presidente da empresa, ou seja, R$ 18,4 mil. Ele terá 15 dias para apresentar um plano de trabalho da liquidação contendo o cronograma de atividades da liquidação, o prazo de execução e a previsão de recursos financeiros e orçamentários para a realização das atividades previstas.
A extinção da Empresa de Sociedade Anônima de Economia Mista, criada em 2013 na gestão do ex-governador Silval Barbosa, faz parte da reestruturação administrativa anunciada por Mauro Mendes com objetivo de reduzir despesas e enxugar a máquina pública.
Conforme a folha salarial de março deste ano, os proventos dos 15 servidores da empresa consomem por mês a de R$ 75,9 mil. Depois do presidente, os maiores salários são de três pessoas que recebem por mês R$ 6,1 mil, no caso a chefe do departamento jurídico, e R$ 5,5 mil (dois membros do Conselho de Administração).
Na gestão do ex-governador Pedro Taques, a folha salarial da Ceasa consumia uma quantia bem maior já que apenas o ex-presidente da empresa, Baltazar Ulrich, recebeu R$ 128 mil num período de apenas quatro meses, entre setembro e dezembro de 2018, o que motivou as críticas do hoje governador classificando a empresa como um “balcão de empregos”. Atualmente, Baltazar recebe R$ 5,5 mil na função de membro do Conselho de Administração.