Operação da PF contra financiadores do 8/1 apreende armas de CACs em MT

0

A operação da Polícia Federal de hoje mirou financiadores dos atos golpistas de 8 de janeiro e apreendeu armas de CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores)As armas foram apreendidas em Rondônia e Mato Grosso. Imagens obtidas pela reportagem mostram um arsenal em cima da mesa. Todo o material estava registrado e regular.

Em um ano, 1.413 pessoas foram denunciadas ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelos atos de 8 de janeiro. Do grupo, 248 participaram da invasão da praça dos Três Poderes e 1.156 estavam no acampamento dos manifestantes, em Brasília. Também foram acusados oito policiais militares do DF e um financiador.

O único denunciado como financiador é o empresário Pedro Luis Kurunczi, de Londrina (PR). Segundo a acusação da PGR (Procuradoria-Geral da República), ele fretou quatro ônibus ao custo de R$ 59,3 mil para levar 108 bolsonaristas à capital federal.

Dezenas de outros fretadores já foram identificados. Ainda em janeiro, dias após os atos, a AGU (Advocacia-Geral da União) processou 52 pessoas e sete empresas que financiaram transporte para Brasília. Elas são alvos de um pedido de indenização por dano moral coletivo, mas Kurunczi é o único que responde na esfera criminal.

A investigação identificou duas provas vinculando Wagner Freire Ferreira Filho ao ato antidemocrático.

A primeira foi, por meio dos registros da ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres), um documento mostrando que Wagner foi responsável por contratar um ônibus que transportou manifestantes acampados em um quartel em Salvador até Brasília para participar do ato.

A nota fiscal apresentada à ANTT registra um valor de R$ 5 mil financiado por Wagner. A PF investiga se a contratação também envolveu pagamentos de outras pessoas, por meio de uma “vaquinha”, porque tem indícios de que ele não teria condições de custear sozinho o transporte.

Em seguida, por meio da coleta de impressões digitais dos prédios invadidos, a PF encontrou registros datiloscópicos dele em uma esquadria de vidro do Salão Negro do Congresso Nacional. Para os investigadores, a prova indica uma participação ativa de Wagner na invasão.

Wagner também foi alvo de pedido de indiciamento da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF, apresentado com base nos registros de financiamento do ônibus.

 

Deixe seu comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here